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A força dos dados e o nosso futuro analítico

Poder da coleta e da análise da profusão de informações que circulam no mundo ganham foco na Innovation Week


3 de abril de 2019 - 16h38

Ricardo Cappra, na Innovation Week (Crédito: Gabriela Greniuk e Ludmila Raineski / Co.De Foto ESPM-Sul)

Se hoje o mundo é digital, nos próximos anos ele será analítico. A afirmação é de Ricardo Cappra, da Cappra Data Science, uma das atrações da primeira edição da Innovation Week, evento que acontece entre 1 e 5 de abril em Porto Alegre e é promovido pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP). A profusão de informações e o poder da coleta e da análise de dados, com o intuito de estudar comportamentos e gerar negócios, nortearam as discussões nos painéis do evento que aconteceram na terça-feira, 2.

Cappra lidera um laboratório de pesquisa e desenvolvimento para metodologia de ciência de dados no qual atende clientes como Unilever, UOL, Via Varejo e Gol. “Carregamos um mantra que diz que torturamos dados até que confessem algo bom pra a gente”, brincou. Em sua visão, dados retroalimentam negócios, que aprendem e evoluem com eles. Em um futuro que se delineia de forma que, os que conseguirem aproveitar as informações coletadas em suas atividades se destacarão, Cappra apontou algumas características do que veremos a frente, após o momento atual que ele classifica como caótico, com uma quantidade de informações ao nosso redor que não damos conta de coletar e interpretar. “A informação hoje chega ao mesmo tempo a todo mundo, mas isso é um problema. Nossa capacidade humana de consumo de informação tem um limite. Na prática vivemos uma overdose de informações”, afirmou.

 O que hoje é classificado como big data tem que ser transformado em small data. “Para vermos as informações de forma qualificada, organizada e visual. É ai que entra a ciência para ajudar a traduzir informações”, disse. Marcelo Violento, da integradora de tecnologia Ingra, seguiu o mesmo raciocínio em sua apresentação. Para ele, diante da gigantesca onda de dados que temos, sendo que cerca de 80% não são estruturados, como explorá-los é o grande desafio. “O homem não será substituído pela máquina, ela ajudará a compreendê-los”, disse. A seu ver, a tecnologia existe para apoiar a transformação pela qual a sociedade passa.

 

Já Matheus Souza, head de inovação da SAP no Brasil, foi além e lembrou que, neste cenário, a inovação chega para que as empresas entendam o que o usuário quer. “O maior erro das empresas é apenas olhar a tecnologia. Inovação não tem a ver com ficção científica e tecnologia, mas com definição de prioridades e, pasmem, é muito difícil um gestor apontar suas prioridades”, alertou. Na SAP, Matheus vive a inovação no dia a dia, atuando no laboratório que centraliza as atividades da América Latina, atendendo empresas B2B ou B2Goverment. Localizado em São Leopoldo, ele começou em uma sala na Unisul em 2006 com 22 pessoas. Em 2013, recebeu um investimento de R$ 40 milhões e passou a representar a SAP na América Latina. Agora, entra em uma terceira fase no país, prestes a inaugurar uma nova estrutura que graças a um aporte de R$ 122 milhões; nela, serão abertos 850 postos de trabalho até o final de 2021. Muitas soluções utilizadas da SAP nos Estados Unidos, Itáia e Alemanha, por exemplo, saem dali.

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