Boechat fala sobre impactos das fake news no jornalismo
Apresentador afirma que atual momento deve fortalecer a necessidade por veículos tradicionais
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Salvador Strano
24 de abril de 2018 - 14h43
Ricardo Boechat participa do evento da revista Veja (crédito: divulgação)
“Os donos dos grupos de comunicação que têm no jornalismo seus negócios precisam acordar de manhã e rezar agradecendo que esse negócio de fake news está crescendo”, afirmou Ricardo Boechat nesta terça-feira, 24, durante o Fórum Veja Amarelas, evento promovido pela revista Veja, da editora Abril, na cidade de São Paulo.
Segundo o jornalista e apresentador da BandNews FM, a mentira política não é algo novo para a sociedade. O que seria novidade é a dimensão da interpretação sobre a corrida presidencial estadunidense. “Fake News se propagou porque ela surgiu no império de hoje, atribuído ao fato da eleição para a Casa Branca como algo exótico, de difícil assimilação. A versão resultante desse desconforto não foi um reflexo da sociedade americana, mas de um fator exógeno”, completou.
Boechat questionou, ainda, a evolução da velocidade do jornalismo. Para ele, “a rapidez do processo aumentou, mas é fundamental que essa pressa não ignore os fundamentos do jornalismo”.
Bia Granja, fundadora do YouPix, outra participante do evento, propôs um entendimento sobre o porquê de essas mentiras acharem, no ambiente digital, solo fértil para sua proliferação. “As notícias falsas geralmente se espalham por uma questão de identidade. Todo conteúdo tem um papel. Geralmente ele vai servir para corroborar um aspecto da pessoa, ou falar algo sobre ela. A gente gosta dessa droguinha que é o like, é um capital social”, disse.
A discussão sobre o tema acontece em meio à crise do Facebook após o escândalo da Cambridge Analytica, e com a proximidade das eleições presidenciais brasileiras.
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