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BR Econômico pode perder meia redação
Equipe fez assembleia nesta tarde para discutir demissões, avaliar a mudança da redação para o Rio de Janeiro e exigir manutenção de direitos
Equipe fez assembleia nesta tarde para discutir demissões, avaliar a mudança da redação para o Rio de Janeiro e exigir manutenção de direitos
Igor Ribeiro
6 de abril de 2013 - 5h56
A redação do Brasil Econômico se reuniu em assembleia na tarde desta quarta-feira 6 para redigir uma resposta às propostas apresentadas por Ramiro Alves, publisher da Ejesa, a respeito das mudanças em processo no jornal. Entre jornalistas, diagramadores, fotógrafos e outros profissionais, reuniram-se 25 pessoas na sede da publicação, em São Paulo. As mudanças incluem transferência para o Rio de Janeiro e corte de até metade da redação.
Como interlocutor da redação junto à presidente do conselho de administração da Ejesa, Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos, Alves explicou que seriam aproveitadas entre dez e 15 pessoas da equipe, provavelmente jornalistas, e pediu à redação que elaborasse uma lista com o nome dos interessados em mudar-se de Estado. Explicou que os interessados teriam despesas de mudança e uma semana de hotel pagos pela empresa. Também pediu a elaboração de uma lista de demissionários, cujos direitos trabalhistas seriam garantidos. Falou ainda que a mudança ocorreria no máximo em três meses.
Em resposta, funcionários elaboraram nova carta dirigida a Maria Alexandra. Nela, explicam que o estado de greve foi discutido, mas a decisão foi prorrogada para a sexta-feira 8, a espera de posicionamento da empresa sobre os dois meses de FGTS em atraso dos funcionários. A seguir, pediram mais detalhamentos sobre o cronograma de mudança, o aproveitamento da equipe e a situação de funcionários contratados como pessoa jurídica. Pediram também um posicionamento sobre o corte de táxis para as pautas, o que inviabiliza reportagens e saídas de fotografia. Solicitaram, ainda, informações sobre o aproveitamento de funcionários de arte, foto, revisão e outras áreas cujo destino parecia incerto na proposta original. Questionaram também o aumento de 25% salarial que a lei exige para funcionário deslocado de cidade, já que o assunto não havia sido mencionado. Finalizaram a carta dizendo que descartam, por ora, a hipótese de plano de demissão voluntária, já que a situação de funcionários de O Dia e Marca Brasil sobre o recebimento de direitos parcelados ficou inicialmente instável naquelas ocasiões.
O grupo promete fazer nova assembleia na sexta, às 15h, enquanto aguarda resposta da presidência. A redação optou por evitar, a princípio, consultoria do Sindicato nesta negociação.
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