Com alteração do Marco Civil, Google pode ampliar remoção de conteúdo
À Folha de S. Paulo, o presidente da big tech no Brasil, Fábio Coelho, citou as consequências de um aumento da responsabilização das big techs sobre remoção de conteúdo
Com alteração do Marco Civil, Google pode ampliar remoção de conteúdo
BuscarCom alteração do Marco Civil, Google pode ampliar remoção de conteúdo
BuscarÀ Folha de S. Paulo, o presidente da big tech no Brasil, Fábio Coelho, citou as consequências de um aumento da responsabilização das big techs sobre remoção de conteúdo
Meio & Mensagem
24 de junho de 2025 - 10h57
O Google poderia restringir atuação no Brasil caso seja aprovada a ampliação da responsabilização das big techs sobre a remoção de conteúdo nas redes sociais e possíveis recusas.
À Folha de S. Paulo, o presidente Fábio Coelho, afirmou que uma consequência “indesejada” da decisão seria a plataforma preventivamente fazer uma remoção muito maior de conteúdo.
Fábio Coelho, presidente do Google Brasil (Crédito: Arthur Nobre)
Coelho se refere ao caso da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terem votado a favor da ampliação da responsabilização das redes sociais em caso da recusa de remoção de conteúdos criminosos de usuários. Isso significa a inclusão de crimes graves, exploração infantil e terrorismo nas exceções do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
O trecho atual indica a remoção de conteúdos por parte das plataformas digitais após determinação judicial. O presidente do Google pediu a preservação do princípio fundamental da decisão sobre a remoção de conteúdos seja mantida à Justiça, e não às plataformas digitais.
Coelho vê a mudança como uma oportunidade de melhorar o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilização, e vê a possibilidade de adição de mais elementos ao artigo 19, demonstrando apoio às melhorias que podem ocorrer, como expandir as exceções para remoções extrajudiciais em caso de crime grave, exploração infantil e terrorismo, como citado, “mas com o cuidado necessário para não transformar isso em uma ferramenta que pode ser contrária ao acesso à informação, ao jornalismo investigativo, ao humor”, disse à reportagem da Folha.
“Tem uma infinidade de casos em que a gente, sem uma ordem judicial, não remove, pois considera que o conteúdo deve ser de conhecimento público. A gente passaria a considerar muito mais uma remoção”, acrescentou.
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