Mídia
Com foco nos jovens e geeks, canal Loading estreia na TV
Nova emissora ocupa a faixa 32 UHF, que no passado foi da MTV Brasil; programação também será transmitida pelo site e plataformas digitais
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Bárbara Sacchitiello
7 de dezembro de 2020 - 6h00
A partir das 20h30 desta segunda-feira, 7, o canal 32 UHF passa a ser ocupado pela Loading, uma nova emissora que tem a proposta de oferecer uma programação voltada à cultura pop, games, animes e ao universo geek. Ou, como define o CEO do canal, Thiago Garcia, um conteúdo voltado para “jovens de espírito”, já que o interesse por tais temas aparece nas mais diferentes faixas etárias, na opinião do executivo.
Foi a percepção de que esse tipo de assunto não era tratado da forma como deveria pela grande mídia, inclusive, que embasou os planos de criação do canal. Sempre gostei muito do universo dos quadrinhos, cultura pop e percebia que esse conteúdo, de forma geral, era pouco exposto nos veículos de massa e, em geral, não era coberto da forma que merecia”, conta Thiago, que antes de assumir a jornada de criação e estrutura do canal Loading, era gerente de pesquisas na Globo.
O canal Loading irá ocupar o espaço que, no passado, já obrigou a operação da MTV Brasil. O canal saiu do ar e 2013 e a concessão, que era de propriedade do Grupo Abril, foi leiloada e adquirida pelos sócios do Grupo Kalunga: José Roberto Garcia e Paulo Sergio Garcia.
Próximo ao Grupo Kalunga e aos sócios, Thiago foi procurado por Roberto Garcia há mais de um ano, para conversar a respeito de um possível projeto de conteúdo para o público jovem. No início, relembra o CEO, a ideia era fazer algo para o público gamer, já que os jogos eletrônicos são um dos setores que mais vêm crescendo nos últimos anos. “Mas aí, comecei a pensar que o gamer também gosta de consumir outras coisas, como animes, séries e filmes e pensei que era possível criar um universo em que um assunto retroalimentasse outro”, relembra Thiago. Após algumas conversas o executivo foi convidado a assumir a liderança do projeto que, atualmente, já conta com o trabalho de 125 funcionários.
Embora o Loading leve sua programação ao sinal aberto da TV, a proposta do player é ser uma produtora de conteúdo multiplataforma. Toda a grade do canal também poderá ser acompanhada em tempo real pelo site e redes sociais.
No conteúdo do canal estarão programas como Multiverso (voltado à cultura pop), Mais Geek (sobre cultura oriental), Game Shark e Desafo Gamer (voltado ao universo gamer), além da exibição de séries e animes internacionais, adquiridos pelo canal. No elenco, também estão escalados nomes conhecidos do cenário de cultura pop, como Barbara Gutierrez, Chandy Teixeira, Claudio Prandone, Clayton Ferreira e Fernanda Pineda.
Mesmo ciente de que boa parte do público amante da cultura pop e gamer tem nos meios digital – e não na TV – sua fonte primária de entretenimento e consumo de conteúdo, o CEO da Loading ressalta que o acesso à internet e também a conteúdos de streaming pagos ainda estão restritos a uma pequena parcela da população. “Claro que, quando olhamos para as classes mais altas, sabemos que o consumo digital é majoritário, mas não podemos esquecer que existe uma parcela imensa de jovens, com acesso limitado à internet, que não possui plano de dados para jogar ou acessar conteúdo. É preciso que esses temas sejam acessíveis às pessoas, das mais variadas formas, e nós queremos que todo o público consuma nosso conteúdo, independentemente da plataforma”, diz.
Lab de inovação
Para se mostrar como uma plataforma interessante e convidativa também ao mercado publicitário, a Loading desenhou no centro de sua estrutura um lab de inteligência e inovação cuja função será a coleta, interpretação e estudo de dados e, a partir deles, a geração de insights tanto para a própria programação do canal como para os parceiros de publicidade. “Colocamos esse fluxo de informações e dados no centro, para que alimente todas as áreas da empresa e que, assim, possamos pensar de forma integrada em projetos e ideias. Já sabemos que as marcas buscam estar presentes no conteúdo sem intromissão e queremos trabalhar em projetos em que possamos trabalhar as marcas dentro de nossas narrativas para que o conteúdo chegue ao público de forma fluída, atendendo às propostas do anunciante”, explica.
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