“Concluí meu ciclo no EI”, diz Edgar Diniz
Fundador do Esporte Interativo passa a atuar como consultor da Turner em relação ao Brasileirão
Fundador do Esporte Interativo passa a atuar como consultor da Turner em relação ao Brasileirão
Luiz Gustavo Pacete
23 de maio de 2016 - 16h43
A saída inesperada de Egar Diniz do Esporte Interativo, canal da Turner, ainda suscita questionamentos no mercado. Por qual motivo o fundador do EI teria deixado a empresa no ápice da disputa para transmissão dos direitos do Campeonato Brasileiro a partir de 2019? Em abril, o EI anunciou que havia fechado com 14 times para a transmissão da série A do Campeonato Brasileiro na TV paga.
A resposta dada por Diniz é que seu ciclo no canal se fechou. “Foi uma decisão minha de sair, eu tinha como obrigação terminar esse processo e considerei que ele havia sido concluído”, diz ao Meio & Mensagem. O executivo segue como consultor da Turner em relação ao assunto. “Continuarei dando consultoria na questão dos direitos e acompanhando o processo até o fim.” Ele explica que essa consultoria se dará no diálogo com os clubes.
Diniz considera que o atual momento do EI e seu protagonismo recente foi muito importante para trazer novas opções ao público. “Há mais de duas décadas não tinha um outro player no mercado brasileiro como opção. Essa entrada é algo positivo para os clubes e para os torcedores”, diz.
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Na carta que Juan Carlos Urdaneta, presidente da Turner Latin America, anuncia a saída de Diniz, o executivo sinalizou que Diniz daria sequência aos seus projetos de empreendedorismo. Diniz confirma que embarca no segundo semestre para o Vale do Silício. “A única coisa que quero neste momento é respirar o ar de inovação de São Francisco e buscar oportunidades de começar um novo negócio”
Diniz criou o EI em 2007 que, em janeiro de 2015, foi vendido para a Turner. Em entrevista exclusiva ao Meio & Mensagem, em março, Diniz se posicionou sobre as dificuldades da concorrência na TV paga brasileira. “A barreira que fez com que a gente levasse tanto tempo para conseguir entrar nas operadoras de TV paga ainda existe. Ela faz com que o mercado brasileiro não tenha um funcionamento tão saudável como poderia. Essas barreiras artificiais, criadas na distribuição ou em qualquer elo do negócio, são muito negativas.”
A disputa entre o EI e a Globo na negociação com os clubes chegou até ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, desde o ano passado, acompanha de perto as negociações. Em fevereiro, o órgão questionou a Globo sobre quais os clubes possuíam negociação em andamento e os principais fatores que têm sido levados em consideração nessas negociações. Na ocasião, a emissora disse que não comenta processos em andamento.
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