Consumo de mídia é afetado na crise
Em ano de instabilidade econômica, serviços de TV, telefone e internet estão entre as três categorias que mais sofrem
Em ano de instabilidade econômica, serviços de TV, telefone e internet estão entre as três categorias que mais sofrem
Luiz Gustavo Pacete
25 de junho de 2015 - 8h18
Inflação, aumento de desemprego e juros nas alturas têm contribuído para que os consumidores brasileiros reduzam seus gastos com serviços de mídia, TV, telefone e internet. O estudo "Hábitos de Consumo", do MeSeems, aplicativo que promove interação entre empresas e clientes, obtido com exclusividade por Meio & Mensagem, constatou que 59% dos consumidores brasileiros não deixaram de comprar nenhum produto em função da crise. Já os 41% restantes abriram mão ou reduziram o consumo de roupas, alimentação rápida e serviços de mídia, TV, telefone e internet.
Com o objetivo de avaliar expectativas, receios e hábitos de consumo em tempos de crise, a pesquisa é composta de opiniões coletadas entre homens e mulheres, de idades entre 18 e 40 anos, das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A amostra total da pesquisa é de 1650 entrevistados ouvidos entre 12 e 15 de junho. Esses consumidores pertencem às classes A, B e C. O estudo constatou também que existe diminuição significativa de consumo no Brasil neste ano. Justificada pela alta de preços dos produtos e serviços e o aumento do custo de vida do Brasil.
Apesar de estarem pessimistas com a situação no curto prazo, mais de 30% dos entrevistados estão otimistas no longo prazo. De acordo com Lucas Melo, co-fundador do MeSeems, o levantamento indica às empresas onde estão eventuais oportunidades e segmentos a serem trabalhados. O material é utilizado por agências como Leo Burnett, AlmapBBDO, Talent, WMcCann, África e Grey. Além de grandes anunciantes como Nivea, Aché e Bauducco. “Apesar de não ser um recorte nacional, ele aponta para as principais reações do consumidor em contexto de crise”, diz Melo.
Contexto econômico
Em um cenário econômico ruim, 13% dos brasileiros deixam de consumir a maioria dos produtos e serviços; 17% não alteram seus hábitos; 40% continuam consumindo, mas em quantidade menor, e 30% optam por produtos similares e mais baratos. Quando o assunto é categoria mais importante na hora da decisão de compra no atual momento, os mantimentos no supermercado são prioridade de 86% dos entrevistados; em segundo lugar está a compra de medicamentos indicada por 75% das pessoas; seguida por compra de roupas e calçados com 62%. Em último lugar como prioridade está a compra de um carro novo indicada apenas por 38% dos entrevistados.
Sobre o futuro econômico do País, o estudo identificou que, no curto prazo, o brasileiro está pessimista, um sentimento de 65% dos entrevistados. Já no longo prazo, o percentual de consumidores otimistas é de 36%. Em tempos difíceis, os consumidores poupam mais. Neste item, os homens se sobressaem sobre as mulheres. A Classe A é a que mais economiza mensalmente, seguidas pelas Classe B e C, respectivamente, que possuem naturalmente o salário mensal comprometido com gastos essenciais.
Prioridades de Compra por Categorias no Atual Momento:
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