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Crescimento do Twitter desacelera no período de Musk

Receita geral do segundo trimestre caiu 1%, enquanto a plataforma persegue um processo judicial para forçar o bilionário a comprar a companhia


22 de julho de 2022 - 12h50

(Crédito: mrmohock/Shutterstock)


Por Garett Sloane, do AdAge*

O crescimento da receita de publicidade do Twitter desacelerou no segundo trimestre, atingindo US$ 1,08 bilhão (aproximadamente R$ 5,88 bilhões na cotação atual), um aumento de 2% ano a ano, à medida que a plataforma enfrentava amplos desafios econômicos e uma batalha judicial com o bilionário Elon Musk, que ofereceu US$ 44 bilhões (R$ 239,58 bilhões) para comprar a empresa antes de tentar quebrar o acordo.

O Twitter divulgou seus resultados do segundo trimestre na sexta-feira, 22, abordando sua desaceleração na publicidade e o acordo com Musk. A plataforma citou os bots, que são contas automatizadas que Musk alegou que são desenfreadas no Twitter e são um de seus argumentos para que ele não seja forçado a comprar a empresa. O Twitter relata o que chama de usuários diários monetizáveis, que deveriam ser contas legítimas qualificadas para publicidade, e o Twitter sempre sustentou que tem uma média de cerca de 5% de bots de spam.

No segundo trimestre, os usuários diários do Twitter cresceram 16,6% ano a ano, para 237,8 milhões de pessoas. A rede social sempre foi uma plataforma menor do que muitos de suas concorrentes; o Snap anunciou na quinta-feira, 21, 347 milhões de usuários ativos diários no segundo trimestre, um aumento de 18% em relação ao ano anterior. A receita do Snap, que vem principalmente de publicidade, cresceu 13% ano a ano, para US$ 1,1 bilhão (R$ 5,99 bilhão na cotação atual).

Em seu relatório trimestral, o Snap disse que a demanda por publicidade digital vem caindo em meio a preocupações com inflação e desafios da cadeia de suprimentos. Os anunciantes estão achando mais fácil cortar campanhas online de anúncios automatizados.

O único desafio do Twitter tem sido o Musk, que se ofereceu para tornar a empresa privada por US$ 44 bilhões (R$ 239,58 bilhões), em abril. Agora, Musk parece ter um remorso de comprador. O Twitter está avaliado nos mercados públicos em cerca de US$ 30 bilhões (R$ 163,35 bilhões), com ações no valor de US$ 39,52 (R$ 215,19) cada – bem abaixo do preço de oferta de US$ 54,20 (R$ 295,12) de Musk. As ações caíram quase 2% nesta sexta-feira, 22, nas negociações de pré-mercado. Embora o Twitter tenha perdido as estimativas de receita, a queda não foi grave (as ações do Snap caíram 33% no pré-mercado), já que o valor do Twitter está sendo parcialmente impulsionado pela oferta de Musk.

‘Ventos contrários da indústria’ e ‘incerteza’ relacionadas a Musk

A receita total do Twitter no segundo trimestre, que inclui programas de licenciamento de dados e outros serviços, caiu 1% em relação ao ano anterior, para US$ 1,18 bilhão (R$ 295,12 bilhões).

O Twitter culpou o mal-estar econômico geral e o acordo de Musk por seus resultados anêmicos: “refletindo os ventos contrários da indústria de publicidade associados ao macroambiente, bem como a incerteza relacionada à aquisição pendente do Twitter por uma afiliada de Elon Musk”.

Twitter e Musk devem travar uma batalha judicial em outubro em Delaware, Estados Unidos, para determinar se o bilionário precisa cumprir sua oferta de compra da empresa pelo preço acordado.

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