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Estadão Recomenda visa gerar tráfego para parceiros

Com plataforma de curadoria de produtos, Estadão inaugura nova frente de negócios e sugere parceria com e-commerces


19 de outubro de 2022 - 8h00

 

Estadão site de notícias

Estadão lança plataforma de curadoria de produtos (Créditos: Divulgação)

Estadão Recomenda é a nova aposta do jornal Estado de São Paulo para futuros negócios. Com um trabalho de curadoria feita por profissionais qualificados, o site de avaliação irá categorizar e comparar produtos de interesse, como celulares, notebooks, videogames e outros aparelhos eletrônicos.

A iniciativa foi sugerida no começo de 2022, quando time comercial do Estadão encontrou na Zmes os parceiros técnicos e criativos para o projeto. A equipe da agência atuará de uma ponta a outra desse projeto, sendo responsável pelo posicionamento de produto, quais tipos de produtos seriam preliminarmente avaliados, além de toda construção do site baseando-se nos princípios de UX e UI.

“A equipe editorial do Estadão faz avaliações de produtos de forma técnica e isenta e sempre também tentando sair duma linguagem super técnica para uma linguagem que seja palatável pra qualquer audiência” diz Marcelo Tripolli, CEO da Zmes, sobre a linha editorial que o projeto pretende seguir.

A avaliação dos produtos será feita a partir de critérios técnicos, funcionalidade e o custo-benefício. “Nós escolhemos pessoas que estão credenciadas e capacitadas para fazer essa avaliação de forma isenta” diz diretor comercial do Estadão, Paulo Pessoa. Além disso, ele não vê a impossibilidade de que, no futuro, possam criar um time interno do próprio jornal para fazer essa curadoria.

Como lidar com a concorrência?

Em frente a um cenário em que sites como Buscapé e Zoom já atuam há alguns anos, o branding do Estadão aposta no valor substancial que a credibilidade do veículo passa para a plataforma. Dessa forma, há a formação de respaldo e a garantida de avaliação isenta para o usuário. “Nós achamos que o Estadão Recomenda é uma prestação de serviço que a audiência do jornal valoriza, além de ser uma tendência de hábito de consumo” diz  Pessoa.

Para o Estadão e a Zmes, essa é uma parceria que ainda está em desenvolvimento tanto nos quesitos técnicos, quanto em formatos, branding e demais possibilidades de inovação e otimização do serviço. “Nós vamos responder ao que as pessoas procuram” diz Pessoa.

A sustentabilidade econômica da iniciativa funcionará a partir de e-commerce parceiros e afiliados à plataforma. Como é dito no manifesto no site d’O Estadão Recomenda: parte do financiamento origina-se “das parcerias de marketing com estabelecimentos de comércio on-line que pagam pequenas comissões pelas vendas realizadas por meio de visitas geradas pelos links que publicamos”.

Os envolvidos avaliam esse movimento como sendo natural do mercado de comunicação, no qual modelos de negócio e iniciativas são constantes cobradas para se manter relevante. “O Estadão vem para trazer toda credibilidade do grupo para essa área de conteúdo de recomendações de produtos” explica o CEO da Zmes.

Crise no Jornalismo: e-commerce como solução?

De acordo com o diretor comercial do Estadão, essa iniciativa do jornal acompanha uma tendência mundial que pode ser notada pelos altos índices de vídeos de unboxing, por exemplo. Segundo dados da 21to21, revista de divulgação de dados sobre hábitos de consumo do Google Shopping, em um período de 12 meses, os vídeos que continham o termo “unboxing” no título foram vistos mais de 20 bilhões de vezes por norte-americanos no YouTube. Segundo o Google, a quantidade de tempo que as pessoas passaram assistindo a vídeos de unboxing apenas em seus celulares é o equivalente a assistir ao filme Simplesmente Amor mais de 20 milhões de vezes.

Compras online envolvem uma dicotomia, às vezes, não muito aparente: enquanto o ato de efetivamente colocar o produto no carrinho e pagar seja simplificado, em sua maioria das vezes, o processo de tomada de decisão envolve muitas questões. “Você vai comprar uma televisão, por exemplo, e você não sabe se o melhor pra você é uma 4k ou 8k, o HDMI tem que ser 2.0 ou 3.0” diz Pessoa.

A audiência do Estadão já demonstrava certo interesse em assuntos que envolviam os temas de tecnologia e inovação. “Nós pontualmente já fazíamos matérias sobre aparelhos eletrônicos e percebíamos que a resposta da audiência era sempre muito significativa” analisa. Ele ainda acrescenta que o efeito da pandemia no e-commerce foi um fator adjacente a essa iniciativa.

Para Paulo Pessoa, o Estadão Recomenda é o próximo passo na evolução dos modelos de negócio e não uma solução imediata para os desafios que o cenário do jornalismo enfrenta nos últimos dez anos. Outro veículo de comunicação que experimentou esse modelo de negócio foi o New York Times ao comprar, em 2016, o Widecutter no valor de U$30 milhões.

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