Executivo da Netflix descarta investimento em direitos esportivos
Ted Sarandos diz que a plataforma não encontrou uma maneira lucrativa de investir em transmissões de esportes ao vivo
Executivo da Netflix descarta investimento em direitos esportivos
BuscarExecutivo da Netflix descarta investimento em direitos esportivos
BuscarTed Sarandos diz que a plataforma não encontrou uma maneira lucrativa de investir em transmissões de esportes ao vivo
Meio & Mensagem
7 de dezembro de 2022 - 14h14
Do Ad Age
Ted Sarandos, co-CEO e chief content officer da Netflix, ofereceu nessa terça-feira, 6, mais alguns detalhes a respeito do desempenho da versão com anúncios, lançada pela companhia em novembro. Ao participar de uma conferência de investidores, ele comentou sobre os rumores de que a plataforma estaria interessada em adquirir direitos de transmissão de eventos esportivos.
“Os modelos econômicos em torno (dos esportes ao vivo) são construídos em torno da economia de TV paga, que é diferente do streaming”, disse Sarandos. “Não somos antiesportivos, somos apenas pró-lucro”, acrescentou ele, dizendo que a Netflix “não viu um caminho lucrativo para seguir com as transmissões de grandes eventos esportivos”, citando as altas despesas com os direitos.
Sarandos também abordou a respeito dos primeiros passos da Netflix na direção dos games. Segundo ele, a empresa começaria pelo desenvolvimento de propriedades próprias para games – Stranger Things e Mandou Bem seriam exemplos – antes de desenvolver jogos originais, que depois poderiam ser transformados em filmes e séries.
Ele também sugeriu que a plataforma de streaming possa implementar um modelo de assinatura separado para os games. “Podemos monetizar melhor os games do que o modelo criado para séries e conteúdo de TV?”, questionou.
A respeito da versão com anúncios, Sarandos reciclou os pontos que já havia abordado em outra conversa, destacando que o produto crescerá em ritmo de “rastejar, caminhar e correr” e declarou que a companhia construiu a versão com assinaturas em um prazo de seis meses. “Acabamos de ligá-lo e já funcionou”, disse Sarandos, afastando as expectativas a respeito de métricas reais.
Sarandos também admitiu que a Netflix “ignorou o mercado publicitário por muito tempo” e que a empresa agora está adotando a ideia de que os consumidores pagarão em partes com a atenção e em parte com cartão de crédito.
Ele prometeu que, no futuro, a publicidade da plataforma oferecerá mais camadas de personalização e de customização da experiência dos consumidores, o que aumentaria a importância dessa receita para a companhia com o passar do tempo.
O executivo também deu a entender que a Netflix pode lançar versões diferentes com a presença de anúncios publicitários ao longo do tempo.
Internacionalmente, as primeiras vendas publicitárias da Netflix geraram controvérsias no mercado publicitário, por conta do preço, considerado alto, e de poucas ofertas de produtos para a inserção de publicidade. Mas, desde o lançamento, vários compradores de mídia disseram à reportagem do Ad Age que a plataforma não passou por nenhum problema técnico e que o serviço atendeu às suas expectativas.
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King