Facebook cria ferramenta integrada de e-commerce
Plataforma oferece novas formas de aumentar as vendas; Enquanto isso, Pinterest dá dicas de compra pelo Spotlights
Facebook cria ferramenta integrada de e-commerce
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Por Garett Sloane, do Advertising Age
Nessa terça-feira, 19, o Facebook anunciou o Facebook Shops, uma nova ferramenta para que as empresas divulguem seus produtos online. A rede social vê isso como uma oportunidade de trabalhar com milhões de empreendimentos no Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, especialmente porque consumidores estão em casa e fazendo mais compras online.
O Shops é uma evolução dos serviços que o Facebook já tinha para e-commerces, mas a ferramenta unifica os perfis da loja nas diferentes redes sociais da companhia. Ela facilita uma maior integração dos produtos catalogados e sua apresentação online. O Facebook também desenvolveu novas ferramentas de compra nas transmissões ao vivo no Instagram.
Na terça-feira, o Pinterest, rival do Facebook, também anunciou um produto denominado Shopping Spotlights. Ambas plataformas disputam consumidores que estão descobrindo produtos e fazendo compras on-line. Tanto o Instagram, que é do Facebook, e o Pinterest são bons em analisar as tendências de consumo, baseado nas informações repassadas aos anunciantes.
“Esse é o maior passo que demos para viabilizar o comércio em nossa família de aplicativos”, diz Dan Levy, vice-presidente de anúncios e plataforma de negócios do Facebook. O Shops funcionam como lojas onlines, semelhante a uma página de uma marca na Amazon, com imagens de produtos e links para a compra. A ferramenta é conectada com as contas das marcas no Facebook, Instagram e WhatsApp. O Facebook diz que o Shops já começou com aproximadamente um milhão de negócios na plataforma.O Instagram também lançou uma nova seção denominada Instagram Shop, que vai aparecer inicialmente na aba de descoberta antes de ter um espaço próprio no aplicativo. O Instagram Shop vai oferecer um feed de produtos personalizados para cada usuário. Na terça-feira, o Facebook também anunciou que vai integrar as ferramentas no formato de transmissão ao vivo no Facebook e no Instagram, assim as marcas e criadores de conteúdo podem usar as lives para promover produtos disponíveis em seus Shops.
“Nós queremos poder tornar essa atividade ao vivo em um comportamento de compra”, explica Vishal Shah, VP de produtos no Instagram. “Nós estamos deixando negócios e criadores marcarem seus produtos do Shops e deixando as pessoas comprarem diretamente da live”, diz.
O Facebook fez algumas mudanças de produto durante o lockdown causado pelo coronavírus. A companhia está repensando produtos antigos, como o IGTV, e lançando novos, como o Messenger Rooms. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, apresentou o Messenger Rooms no mês passado. A ferramenta permite chamadas de vídeo sociais e compete com o Zoom.
Com o e-commerce, o Facebook diz que pode ajudar os 160 milhões de negócios na rede social a manter-se em operação, mesmo durante uma recessão global. Essa semana, o Facebook divulgou um estudo que afirma que um terço de micro-empresas fecharam durante a pandemia e outro terço vende seus bens online atualmente.O Pinterest está numa posição semelhante e procura formas de servir os mesmos empreendimentos menores e conectá-los com novos canais de venda. Em muitas formas, as mudanças no e-commerce do Facebook imitam os produtos que o Pinterest desenvolveu. Por exemplo, o Instagram Shop é parecido com o Pinterest Shop, que foi lançado na semana passada.
Ambas as plataformas são locais onde os consumidores se deparam com produtos e podem adquiri-los facilmente. O último produto do Pinterest, o Spotlights, dá um toque editorial à compra ao promover parcerias com lançadores de tendências e publishers de estilo, como Elaine Welteroth, que foi editora chefe da Teen Vogue. Ela vai compartilhar dicas de produtos de moda e lifestyle no Pinterest.
Na terça-feira, Jon Kaplan, chief revenue officer do Pinterst, esteve no Ad Age Remotely e discutiu e-commerce. “Shopping tem sido uma parte importante da nossa estratégia há um tempo”, disse. “Nós vemos que profissionais de marketing nesse ambiente querem entregar resultados mais críveis, como conversão e vendas”, afirmou. “As pessoas querem encontrar ideias e querem comprar essas coisas no Pinterest”, disse Kaplan.
**Crédito da imagem no topo: Ajwad Creative/iStock
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