Folha faz 95 anos com números recordes
Edição especial teve 424 páginas e tiragem de 308 mil exemplares, segundo próprio jornal
Edição especial teve 424 páginas e tiragem de 308 mil exemplares, segundo próprio jornal
Meio & Mensagem
29 de fevereiro de 2016 - 12h00
Edição comemorativa da Folha de S.Paulo que circulou no domingo, 29, teve no total 424 páginas, terceira maior de sua história. Somente o caderno que celebrou os 95 anos do jornal – que nasceu como Folha da Noite, em 1921 – teve 120 páginas.
Segundo informações de capa do próprio jornal, a edição teve tiragem de 332.958 exemplares (contando digitais). Segundo o IVC, a circulação média da Folha de S.Paulo em janeiro foi de 308.594 exemplares, mantendo sua posição como maior diário do Brasil nessa métrica.
Os números são recordes para o meio impresso em tempos de digitalização intensa de todas as mídias, assunto que foi protagonista numa série de seminários promovidos pela própria Folha e que formaram a principal cobertura de seu caderno especial. Nas suas páginas, estão depoimentos de executivos do jornal, como o diretor de redação Otavio Frias Filho e o editor-executivo Sérgio Dávila, e de convidados como Leão Serva, Vera Brandimarte, Eugênio Bucci, Caio Túlio Costa, Fernanda Torres e Ruy Castro.
Em outra reportagem, o jornal destaca cerca de 10 mil parceiros comerciais, sendo que algumas marcas são parceiras de décadas. Relembra ações de destaque nessa trajetória para clientes como O Boticário, Ambev, Itaú, Claro, Hyundai, Casas Bahia, Red Balloon. O jornal citou ainda soluções como o Estúdio Folha e o Coleções Folha. Traz depoimentos de grandes executivos do mercado, como Flávia Altheman (Via Varejo), Nizan Guanaes (Grupo ABC), Luiz Lara (Lew’Lara\TBWA) e Jorge Nasser (Bradesco). “Eu estava entrando no mercado publicitáruio e houve uma grande identificação da minha geração com a marca e a ideia de independência, pluralidade e modernidade do jornal”, disse Lara.
Uma das reportagens sobre o mercado publicitário também destacou campanhas polêmicas, como uma peça da Comgás de 2001 que interferiu na diagramação do caderno Cotidiano e recebeu protestos de leitores e do Ombudsman. A Folha também repassa algumas das próprias campanhas, como o filme “Hitler”, criada pela W/Brasil em 1987, que conquistou um Leão de Ouro em Cannes, e a recente “O que a Folha Pensa”, da Africa, na qual o jornal se posiciona em relação a diversas questões da atualidade.
Sobre o assunto, o jornal também publicou artigo reforçando suas posições oficiais – tema que não só sustentou a campanha da Africa de 2014, mas também foi ganhou destaque nas páginas da Folha à época. O jornal lembrou que “diz o que pensa apenas por meio de seus editoriais, textos não assinados aos quais não se vinculam articulistas ou repórteres. Com frequência se encontram entre os colunistas opiniões contrárias àquelas defendidas pelo jornal.” A parte disso, diversos pontos convergem a opinião do jornal de dois anos atrás, com poucas mudanças ou acréscimos, como opinião específica sobre a discussão do aborto no que incide o aumento da taxa de microcefalia no País; o impeachment, que é a favor quando houver conjunto robusto de provas, considerando que não é o caso de Dilma Rousseff; e a polêmica envolvendo o Uber, colocando-se a favor de aplicativos, desde que regulados pelo governo.
Em outras seções do especial, o jornal recorda fotos, primeiras capas e furos históricos, fala do papel do Ombudsman (o jornal está entre os poucos veículos brasileiros a assegurarem um profissional no cargo) e resgata algumas correções inesquecíveis da seção Erramos. Entre eles, ressaltam as citações ao ditador romano Júlio César (101-44 a.C.), que vive sendo citado como imperador (quando nunca foi, gerando a publicação de dez correções só entre 1997 e 2011); uma reportagem do caderno Ilustrada de 1999, que disse que o cineasta Rogério Sganzerla é o protagonista do filme Laranja Mecânica; e uma matéria do caderno de Esportes de 1995 que disse que o personagem bíblico Jó criou a Arca de Noé.
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