MaxiMídia Porto Alegre: relevância perdida
Evento encerra série de regionais que aconteceu também em Salvador, Belo Horizonte e Curitiba
Evento encerra série de regionais que aconteceu também em Salvador, Belo Horizonte e Curitiba
Meio & Mensagem
27 de maio de 2014 - 3h00
Pyr Marcondes, do ProXXima
Com um corajoso debate sobre os destinos da indústria da comunicação e do marketing no País, realizou-se nesta segunda-feira, 26, no Rio Grande do Sul, o MaxiMídia Porto Alegre, último da série de eventos que teve início em Salvador, passou por Belo Horizonte e Curitiba, para concluir a caravana nacional na capital gaúcha.
Com patrocínio de Fiat, Itaú e Vivo e co-realização do Grupo RBS – que abriu os trabalhos na fala por vídeo de seu presidente Eduardo Sirotzky Melzer -, o encontro contou com expressiva presença das lideranças regionais e levou a sério a proposta do Grupo Meio & Mensagem de discutir presente e futuro dos negócios do setor.
Já na primeira apresentação da diretora editorial do Grupo M&M, Regina Augusto, “Agências: O desafio da Relevância”, foram colocados em foco temas vitais para a indústria como a perda de contato direto das agências com os donos das empresas anunciantes e a revisão do seu modelo de negócios e de remuneração.
Também participaram do debate que se seguiu Cesar Paim, sócio e CEO da Paim, referência regional e nacional no mercado de agências; João Satt Filho, diretor presidente do Grupo Competence, outra agência de destaque na cena gaúcha; além de Marcio Callage, o mais jovem no palco, presidente da DM9 Sul. Experiência e juventude se somaram para levar adiante os temas propostos na primeira apresentação.
O desafio de construir marcas hoje
“A produtividade do marketing está em queda”, afirmou, de forma categórica, Luciano Deos, presidente do Grupo GAD, em sua apresentação “Brandview: O poder da história e da experiência na construção das marcas”. Para ele, construir marcas nunca foi tão difícil num cenário em que a conversa com os consumidores é crescentemente difusa. No estudo Brandview, que a GAD desenvolve no Brasil juntamente com seu parceiro internacional, a consultoria de branding e design Lippincott, referência mundial no setor, aparece com clareza o impactante fato de que 76% das histórias contadas pelas marcas são consideradas desinteressantes pelos seus consumidores. Enquanto 95% dos gestores de marca pesquisados em 27 indústrias em seis grandes mercados (1,2 mil marcas fazem parte do estudo) entendem que entregam qualidade de marca a seus consumidores, apenas 8% deles percebem como relevante essa entrega.
Propondo-se a refletir sobre uma realidade “nada fácil” e a “incendiar a imaginação” dos presentes, Abel Reis, CEO do Grupo Isobar Brasil, em reapresentação de sua palestra feita também no MaxiMídia de Salvador, destacou quatro pontos de atenção para o momento atual da indústria: o impacto da comunicação em tempo real, a consolidação do engajamento como nova prática indispensável para as marcas, a transformação de produtos em serviços (fenômeno em que a indústria assume-se como produtora de commodities e seu diferencial migra para a prestação de serviços) e a “softwearização” do setor (em que empresas de tecnologia dominam as antes prevalentes empresas de produção e distribuição de mídia).
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