O 12º teste do Big Brother Brasil
Mesmo com faturamento alto, reality tem desafio de segurar a audiência
Mesmo com faturamento alto, reality tem desafio de segurar a audiência
Bárbara Sacchitiello
9 de janeiro de 2012 - 10h06
Assim que a lista dos participantes da 12ª edição do Big Brother Brasil foi revelada, as redes sociais e os principais portais da internet rapidamente receberam uma enxurrada de comentários, notícias e informações sobre os novos anônimos que, por três meses, desfilarão pela tela da Globo. Essa reação imediata é um termômetro da força que o reality ainda tem entre o público (e também no mercado publicitário).
Apesar desse sucesso entre o público, o BBB, que estreia sua 12ª edição nesta terça-feira, 10, vem amargando uma queda relativa de audiência em suas últimas edições. Neste ano, além de tentar encontrar uma fórmula para superar esse problema, a Globo ainda enfrentará a concorrência de dois outros realities que também estrearam em janeiro.
O primeiro deles é o polêmico Mulheres Ricas, que a Bandeirantes colocou no ar para substituir o CQC durante as férias. Em seu primeiro capítulo, o reality já gerou uma grande repercussão entre o público (leia sobre isso aqui). A Record também decidiu competir com o BBB lançando, no último domingo, o reality Amazônia, que mistura competições com mensagens de preservação ambiental e ecológica.
Ameaças à parte, o Big Brother ainda sustenta o título de principal faturamento do período do verão da TV Globo e é capaz de mexer com o público de forma impressionante. No final de outubro do ano passado, a Globo já havia garantido a venda das cinco cotas de patrocínio desta edição. Fiat, Ambev (Guaraná Antarctica), Unilever (Omo) e Niely renovaram sua presença na atração. A novidade foi a entrada da Schincariol (com a cerveja Devassa) no lugar da Johnson & Johnson (Sundown). Cada uma das cotas de patrocínio tinha preço de tabela de R$ 20,6 – 22% mais caras do que o cobrado no BBB 11. O aumento, no entanto, está dentro da margem praticada pela emissora nos últimos anos, que sempre ficou na casa dos dois dígitos percentuais (veja tabela no final da matéria).
Esse faturamento inicial, no entanto, é pequeno diante do que o BBB 12 deve gerar com ações de merchandising e inserções comerciais aos longos dos capítulos da atração (como patrocínios de provas, festas e eventos dentro do confinamento). Na reta final do programa é comum a Globo esgotar antecipadamente os espaços de inserções comerciais da atração, devido a alta procura dos anunciantes.
Durante o BBB 11, por exemplo, a Globo exibiu um total de 1,719 inserções, de 19 marcas diferentes. Embora a Globo não revele dados oficiais, estimou-se na época, que a edição passada tenha faturado mais de R$ 300 milhões – considerando patrocínios e merchandising – um recorde entre toda a história do programa no Brasil.
Tabela
Valores e percentual de reajuste das cotas de patrocínio do BBB (das últimas cinco edições):
2012 – R$ 20,6 milhões (22%)
2011 – R$ 16,9 milhões (25%)
2010 – R$ 13,5 milhões (23%)
2009 – R$ 11 milhões (13%)
2008 – R$ 9,75 milhões
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