Qobuz “é plataforma humana, não algoritmo”
É o que afirma o diretor-executivo do Sul da Europa e América da Latina do serviço premium, Pierre Largeas
É o que afirma o diretor-executivo do Sul da Europa e América da Latina do serviço premium, Pierre Largeas
Amanda Schnaider
22 de junho de 2022 - 6h03
A Qobuz, plataforma francesa de streaming de música chegou ao Brasil no mês passado com foco na qualidade sonora das músicas, nos conteúdos editoriais e na boa remuneração dos artistas. “Realmente queremos nos aprofundar na indústria da música no Brasil”, comenta Pierre Largeas, diretor-executivo do Sul da Europa e América da Latina da Qobuz, reforçando que o nome da plataforma foi inspirado no instrumento de corda cazaquistanês Kobyz, usado pelos antigos xamãs para traduzir as histórias ao longo do tempo.
Fundada em 2007, a Qobuz se define como plataforma de música de alta qualidade. Segundo Largeas, isso significa duas coisas. A primeira é a alta qualidade do som da música oferecida. A Qobuz oferece aos assinantes áudio profissional, em Hi-Res “áudio de alta resolução ” (24-Bit a 192 kHz) e qualidade de CD (também conhecida como HiFi ou HD). “Quanto maior a qualidade que você ouve, mais próximo fica dos artistas e de suas intenções. Antes de tudo, trata-se de dar espaço à dimensão artística, dando a mais alta qualidade possível”, explica o diretor. A segunda é a qualidade do conteúdo editorial criado em torno das músicas.
Desenvolvido por time especializado, o conteúdo editorial é dividido em seis segmentos: Discografia Sugerida Qobuz, recomendações de lançamentos, reedições e álbuns essenciais avaliados a cada semana; Qobuzissime, área destinada aos artistas em ascensão; Playlists, são mais de 20 mil playlists com curadoria Qobuz na plataforma; Biografias, contexto histórico e cultural dos artistas; e Panoramas, textos feitos para enriquecer a experiência musical dos usuários e seu conhecimento sobre artistas, gravadoras, período, gênero ou álbum.
Largeas enfatiza que a Qobuz se difere das outras plataformas de streaming justamente por oferecer esses diferenciais aos assinantes. “Qobuz é uma plataforma humana. Não é um algoritmo ou plataforma tecnológica. Fazemos tudo sozinhos. Temos pessoas criando playlists, selecionando novos lançamentos, escrevendo artigos. Isso é o que chamamos de plataforma de alta qualidade”, reforça.
Globo: pandemia eleva consumo de podcasts
Para oferecer esses diferenciais, o diretor afirma que a plataforma não conta com publicidade e que sua assinatura é um pouco mais cara em comparação aos outros serviços do gênero. A assinatura mensal da plataforma no Brasil está em R$ 21,90. “A assinatura é um pouco mais cara para apoiar a indústria da música e a remuneração dos artistas. Estamos realmente comprometidos em trazer uma experiência superior ao mercado”, completa.
A plataforma está disponível em 25 países ao redor do mundo, como Brasil, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Japão, com catálogo que contém mais de 80 milhões de faixas. Apesar de os podcasts estarem em alta, no momento a plataforma não está priorizando esse tópico. “Em primeiro lugar, temos muito o que fazer com a música, trazer a mais alta qualidade para os países, garantir que os catálogos estejam cheios dos álbuns da mais alta qualidade, colaborar com os artistas para explicar o que é seu trabalho e compartilhar mais isso com o seu público”, finaliza.
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