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Rio2C: um impulso à economia criativa

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Rio2C: um impulso à economia criativa

Rafael Lazarini, executivo à frente do conceito da Rio Creative Conference, aposta no crescimento do setor e defende que o Rio vire "a Los Angeles brasileira"


13 de março de 2018 - 15h41

Rafael Lazarini, idealizador da Rio Creative Conference (Crédito: Divulgação)

Rafael Lazarini, executivo da Live Nation no Brasil, está a frente do conceito da Rio Creative Conference, a Rio2C, evento que acontecerá na Cidade das Artes, no Rio, entre 3 e 8 de abril, e que, a partir deste ano, abrigará o já consolidado RioContentMarket (RCM). Na entrevista abaixo, ele conta como vai colocar de pé aquele que é um antigo projeto seu, da época em que ainda atuava na IMX, e fala abertura do evento ao público e da criação do Summit by M&M. Com foco em marcas e conteúdo, ele abrirá a Rio2C no dia 3 abril e conta com curadoria de Meio & Mensagem. Confira abaixo trechos da entrevista:

Conceito do Rio2C

“Desenvolvi conceitualmente este projeto ainda na época da IMX, ele chamava SER, Semana de Entretenimento do Rio. Havia morado em Los Angeles para fazer um mestrado em gestão do entretenimento e vi que lá o entretenimento, a economia criativa, são dos maiores produtos de exportação dos Estados Unidos. Precisamos desenvolver esta indústria no Brasil. Nossa visão ainda não deixou de ser multissetorial, temos o setor do audiovisual, da música…esta visão mais integrada de economia criativa, de indústria do entretenimento, se perdia. Cheguei a morar novamente em Los Angeles até 2016 quando recebi o convite para abrir o escritório da Live Nation no Brasil. Quando voltei o Rio estava nesta situação crítica, quase que assustadora, e vi que precisávamos fazer alguma coisa. A vocação da cidade é da indústria criativa, o Rio tem que virar uma Los Angeles brasileira. Retomei o projeto da semana de entretenimento do Rio, com esta visão mais transversal, não setorial, para fomento da indústria criativa.”

 RioContentMarket

“Muito influenciado pelo modelo do SXSW, que nasceu como um evento monotemático, só de música, e foi crescendo, mas só virou o que é hoje quando envolveu outras disciplinas, pensei em começar o projeto com um evento que já tivesse credibilidade, reputação. A partir daí começaram as conversas com a Carla Esmeralda, curadora do RCM, e depois com a Bravi, com o Mauro Garcia e o Marco Altberg. Coincidiu deles estarem em um momento também de questionamento. Eles entenderam que havia uma sinergia e fizemos desta parceria uma realidade. Assumimos a gestão do evento e a marca RioContentMarket por dez anos.”

 Música e inovação

“Desde o começo pensamos em expandir para estas áreas e a ideia é agregar outras da indústria criativa. O objetivo é realmente ser o maior evento de criatividade e inovação da América Latina, extrapolar toda e qualquer barreira setorial. Sem criatividade a gente não tem inovação, e sem inovação a criatividade fica limitada. A tecnologia e a indústria do entretenimento andam de mãos dadas.”

Público

“Há uma dificuldade cada vez maior de delimitar exatamente quem é público e quem é produtor. Cada vez que você posta algo Facebook ou Instagram, está produzindo conteúdo. Além desta questão, tem também o risco que às vezes um evento só de mercado tem de virar uma câmera de eco. É o mercado falando para o mercado, mas e o cara lá de fora? Brinco que o conteúdo é rei e vai continuar sendo para sempre, mas agora o consumidor é o primeiro ministro. Ele vai ditar a regra. A experiência de consumo está cada vez mais tão relevante quanto a qualidade do conteúdo. O objetivo é termos no final o público validando tudo que foi dito ao longo da semana.”

Summit by M&M

“A entrada das marcas no universo do conteúdo é um movimento sem volta, e não é novo, mas os formatos vem tentando se acomodar. Mas me parece sempre muito puxado pelo mercado publicitário, que é quem originalmente tem ali a relação com as marcas. Elas começam a demandar este envolvimento com conteúdo, muitas vão direto para os produtores, que por sua vez não tem necessariamente a habilidade para lidar e trabalhar com elas. Não entendem as especialidades, oportunidades e ameaças neste trabalho. E tem até os veículos, porque temos exemplos hoje de marcas que estão criando hubs de conteúdo dentro de casa. É um mercado muito fértil de discussões e com cases de sucesso, melhores práticas. É muito importante este mergulho mais profundo na área de marcas e conteúdo.”

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