Mídia

Trump assina acordo para manter TikTok nos EUA

Plataforma será majoritariamente controlada por grupo de investidores do país, enquanto ByteDance deve ficar com 20% da operação

i 25 de setembro de 2025 - 18h42

TikTok Estados Unidos

(Crédito: Shutterstock)

Após meses de negociação para tentar evitar o banimento da plataforma dos Estados Unidos, o TikTok parece ter encontrado a solução para manter sua operação no território. Nesta quinta-feira, 25, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para a transferência do comando da plataforma social a um grupo de investidores norte-americanos.

Em comunicado à imprensa, Trump disse que chegou a um acordo com o presidente da China, Xi Jinping, para que a rede social possa seguir em operação no País, atendendo a determinação do governo dos Estados Unidos, que já havia estabelecido diferentes prazos para que a plataforma, que pertence à chinesa ByteDance, fosse vendida a uma empresa norte-americana para não ser banida daquele país.

De acordo com informações divulgadas pela Casa Branca e noticiadas pela imprensa dos Estados Unidos, o TikTok passa ser controlado por um grupo de investidores, que deterão 80% da operação. Os 20% restantes seguirão com a ByteDance e com investidores chineses.

Esse grupo de investidores norte-americanos é liderado pela Oracle, que ficará responsável por supervisionar a operação do algoritmo, além dos dados e serviços em nuvem da plataforma digital. Sob gestão da Oracle, os dados dos usuários do TikTok nos Estados Unidos não poderão mais ser acessados pela ByteDance.

Além da Oracle, representada por seu cofundador, Larry Elisson, também fazem parte do grupo de investidores a empresa de private equity Silver Lake, o bilionário e empresário da mídia Rupert Murdoch e seu filho, Lachlan, além do CEO da Dell Computers, Michael Dell.

Nesta semana, autoridades da Casa Branca já haviam anunciado que a Oracle seria a empresa responsável por gerir o algorítimo do novo TikTok nos Estados Unidos.

TikTok e o governo dos Estados Unidos

Desde o início do governo Trump, em janeiro, o prazo para que a rede social encontrasse um comprador fora da China e, assim, mantivesse sua operação nos Estados Unidos, foi postergado três vezes.

O primeiro adiamento aconteceu assim que o presidente tomou posse, em janeiro, pouco depois de a plataforma ficar fora do ar aos usuários norte-americanos por cerca e dois dias. O segundo ocorreu em abril.

No mesmo mês, em 2024, o então presidente Joe Biden sancionou o projeto de lei que obriga a ByteDance a comercializar sua participação no TikTok. À época, a chinesa tinha até 270 dias para encontrar um comprador.