Turma da Mônica e IA: MSP defende debate sobre uso da tecnologia
Em meio a publicações de tirinhas feitas com ChatGPT, que reproduzem os personagens, Estúdio diz que inovação precisa respeitar o legado dos artistas
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Bárbara Sacchitiello
10 de abril de 2025 - 13h15
Cebolinha e Mônica: MSP Estúdios defende debate sobre limites da IA (crédito: reprodução)
Após a onda de publicação de imagens que replicavam o estilo do estúdio japonês Ghibli, nas redes sociais, agora é a vez da Turma da Mônica estar no centro das discussões sobre direito autoral e tecnologia.
Nos últimos dias, algumas pessoas começaram a postar nas redes sociais algumas tirinhas criadas por inteligência artificial, que replicavam os traços, estilo e os personagens do universo da Maurício de Sousa Produções (MSP).
O volume das publicações levantou, novamente, discussões sobre a proteção a direitos autorais na era da inteligência artificial, uma vez que as imagens produzidas pelo ChatGPT se baseiam no estilo criado pela MSP.
Em comunicado enviado à reportagem, a MSP Estúdios pontua que vem acompanhando os debates sobre o uso de inteligência artificial e declara que segue comprometida com a inovação, porém, respeitando a arte e os criadores. Leia:
“A MSP Estúdios acompanha atentamente os debates, tendências e casos reais sobre o uso da inteligência artificial. Seguimos comprometidos com a inovação tecnológica e artística do setor, explorando novas possibilidades, porém com responsabilidade e profundo respeito à arte, a sociedade e ao legado construído pelos artistas.”
De acordo com informações apuradas pela reportagem, a MSP Estúdios não pretende tomar medidas para coibir o uso de IA para a reprodução do estilo do universo de Turma da Mônica.
A empresa, contudo, acha importante que os limites do uso da tecnologia sejam debatido e que sejam avaliados mecanismos para coibir, sobretudo, uso de reproduções para imagens e mensagens de ódio ou desrespeitosas.
Há alguns dias, as redes sociais foram território de debates acalorados sobre os limites de utilização de ferramentas de inteligência artificial e a proteção aos direitos sobre obras já existentes.
No caso do Studio Ghibli, alguns especialistas pontuaram que a reprodução de imagens ao estilo do estúdio configurava violação de direito autoral por fazer uso de traços de propriedade do estúdio.
Com a difusão do ChatGPT e outras ferramentas de geração de imagens, vídeos e texto, fica mais complicado para as marcas, e também para produtores de conteúdo estabelecerem esses limites.
No Brasil e Estados Unidos existem órgãos de proteção de identidade criativa que garantem ao autor direitos autorais sobre suas obras.
Já sobre obras criadas por IA, no início deste ano, o United States Copyright Office (USCO), órgão responsável pelo registro de direitos autorais dos EUA, reconheceu de forma inédita a proteção de direitos autorais à uma obra inteiramente gerada por inteligência artificial, intitulada de A Single Piece of American Cheese, criada pelo CEO da plataforma Invoke.
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