O papel das startups na transição para um futuro verde
Soluções em digital health, edtech, frontier tech, tech & planet e fintech se destacaram na programação da 4YFN
Soluções em digital health, edtech, frontier tech, tech & planet e fintech se destacaram na programação da 4YFN
Fernando Murad
2 de março de 2023 - 16h52
Sustentabilidade, metaverso, inteligência artificial e como a aplicações de tecnologias podem colaborar na resolução de problemas da sociedade foram temas de destaque nos estandes da feira e, em especial, na programação do 4YFN (Four Years From Now), plataforma de startup e inovação, além de evento anual realizado pelo MWC. Para Pere Duran, diretor da série de eventos 4YFN, a próxima geração de líderes das startups digitais pode “apoiar a transição das indústrias para um futuro mais verde”.
Sob o tema “Humanizar a tecnologia”, o 4YFN reuniu mais de 700 startups e expositores internacionais na feira, com delegações de África do Sul, Áustria, Chile, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Japão, Suíça e Ucrânia, além de investidores que representam fundos de 45 bilhões de euros. Digital health, edtech, frontier tech, tech & planet e fintech foram os principais tópicos dos debates. “O ecossistema de startups agora está mais maduro do que quando lançamos a 4YFN, em 2016, e é mais resiliente em tempos inesperados”, afirmou.
“Acredito no poder da parceria para resolver os principais problemas do mundo. Precisamos mudar a forma como as coisas são feitas, às vezes há décadas. Temos que desafiar nossas crenças e mudar a forma como vemos o mundo”, disse Funda Sezgi, CEO da Norrsken, ressaltando que há um gap anual de US$ 4,2 trilhões em investimento para atingirmos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Onu até 2030.
A venture capital para startups, que tem hubs em Estocolmo (Suécia), Kigale (Ruanda) e Barcelona (Espanha), aberto ano passado, fornece fundos a jovens empreendedores e faz links com os principais players do setor. Uma de suas iniciativas é a lista anual Impact 100 – 100 Ideas That Can Change 1 Billion Lives. A ação elenca as startups de impacto mais promissoras do mundo.
Educação e meio ambiente são dois temas de destaque nos cases que estão explorando novas maneiras de usar a tecnologia para promover um futuro mais inclusivo. A austríaca Gostudant, por exemplo, tem empregado ferramentas digitais e inteligência artificial para criar um ambiente online customizado para estudantes. Personalização e acessibilidade são os desafios da educação, segundo o fundador Felix Ohswald. O gargalo da educação, opina, é a falta de professores e de investimentos em formação. “As classes estão maiores e o ensino menos individualizado. Estamos num ponto de inflexão. A Covid afetou e a falta de tecnologia deixou crianças atrás”, alertou.
Em outra frente, a Futurity Systems busca promover a transformação de uma economia centrada no ser humano para um sistema interespécies. Há um ano a empresa desenvolve a planta autônoma Herbie Aureum. Herbie, que esteve no palco explicando o projeto para a plateia, é CEO da Plantiverse. Trata-se de uma plataforma que transforma visualizações de dados da saúde de plantas, coletados a partir de sensores, em NFTrees.
Os ativos digitais são vendidos na Store of Future Things (Soft). O dinheiro vai diretamente para uma cryptowallet. A partir de uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO), liderada pelas plantas, os fundos são destinados para ações de interesse das plantas, como a preservação de recursos naturais, por exemplo.
“Só estamos consumindo e pegando da natureza. Propomos uma nova maneira de encarar a economia. É um projeto piloto. Queremos expandir, pegar dados da Amazônia e da Grande Barreira de Coral, por exemplo. Assim, eles poderão decidir onde o dinheiro será investido”, projetou Cecilia Tham, CEO da Futurity Systems.
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