Victória Navarro
2 de março de 2023 - 13h57
Entre cem teles distribuídas pelo mundo e pesquisadas pela GSMA Intelligence, menos de 10% veem o metaverso como uma oportunidade significativa para seus negócios e 5% afirmam que já definiram uma estratégia. As operadoras, geralmente, são mais otimistas em relação ao metaverso empresarial, exceto a América do Norte, onde as teles estão mais ansiosas pelo metaverso do consumidor, o que pode ser explicado pelo seu maior envolvimento na mídia e entretenimento. Porém, à medida que o metaverso toma forma, como as operadoras podem procurar monetizá-lo? No Mobile World Congress (MWC), a GSMA Intelligence apontou três rotas principais possíveis, que não são mutuamente exclusivas, uma vez que uma estratégia completa de metaverso pode envolver uma combinação de opções.
Entre cem teles pesquisadas pela GSMA Intelligence, menos de 10% veem o metaverso como uma oportunidade significativa para seus negócios (crédito: Shutterstock)
Concentre-se na conectividade e nos dispositivos
O metaverso (e seus casos de uso) pode ser usado para vender aos clientes um plano de dados de maior valor (por exemplo, a quinta geração de telefonia móvel) e dispositivos relacionados ao metaverso, assim como as teles fazem com smartphones, wereables e tablets.
Posição como um parceiro tecnológico do metaverso
Algumas operadoras procurarão se posicionar como uma parceira de tecnologia para líderes de metaverso ou para clientes corporativos que desejam usar e desenvolver aplicativos de metaverso — ou para ambos. Esta é uma rota apenas business to business (B2B), que oferece maior monetização. Mas, de acordo com a GSMA Intelligence, a concorrência será alta, pois as principais empresas do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) terão como alvo a mesma rota. Ser um parceiro tecnológico requer ter e alavancar recursos robustos de rede (por exemplo, 5G e banda larga fixa rápida) e computação (nuvem e borda), bem como habilidades de personalização validadas por novas tecnologias, como fatiamento de rede e redes privadas. A AT&T e a Verizon são exemplos de teles que seguem essa rota.
Desenvolver ofertas de metaverso
Alguns teles procurarão fornecer um conjunto de serviços de metaverso aos clientes (consumidores e empresas). Aqui, afirma a GSMA Intelligence, existem três rotas individuais. A venda de serviços ou conteúdo de metaverso de terceiros (empacotado com ofertas móveis da operadora) pode ser o caminho mais rápido, pois não requer muita experiência em metaverso. A parceria com um líder do metaverso para lançar uma versão de sua plataforma aplicável aos mercados locais também é uma opção (uma rota de metaverso de “última milha”). E desenvolver suas próprias plataformas de metaverso, que é a rota mais ousada, como a da SK Telecom.