MWC
Borget, da The Sandbox: “Os usuários constroem o metaverso”
Cofundador e COO do universo digital, que já movimenta milhões de dólares em criptomoeda própria, ressaltou a importância de criar experiências com marcas
Cofundador e COO do universo digital, que já movimenta milhões de dólares em criptomoeda própria, ressaltou a importância de criar experiências com marcas
Victória Navarro
1 de março de 2023 - 13h00
O investidor de criptomoedas P-Ape pagou R$ 2,5 milhões para se tornar vizinho do Snoopverse, um conjunto de ativos digitais adquiridos pelo rapper Snoop Dogg no universo virtual The Sandbox. O investimento sinaliza o potencial do metaverso, que veio para simular a realidade por meio de dispositivos digitais. No espaço que simula o mundo real, criado em 2011 pelo estúdio de games Pixowl, é possível comprar estabelecimentos comerciais, casas, prédios, entre outros itens. O The Sandbox ainda conta com a Sand, sua própria criptomoeda, baseada na blockchain do Ethereum, capaz de administrar aplicações descentralizadas.
No Mobile World Congress (MWC), Sébastien Borget, cofundador e COO da The Sandbox, ressaltou que mais da metade da população mundial já está inserida em uma era totalmente digital e, a fim de atender as pessoas que representarão a maioria dos usuários de dispositivos online nos próximos dez ou vinte anos, é preciso acompanhar suas necessidades de serem criativas. “A Geração Z está socializando de forma diferente. Estão sempre conectados uns com os outros, de uma forma que nunca vimos antes. São cultivados em um mundo virtual”, disse. No The Sandbox, por exemplo, o jogador é o próprio criador de conteúdo, contribuindo ativamente para a criação do mundo.
Sébastien Borget, cofundador e COO da The Sandbox (crédito: Victória Navarro)
O metaverso, destacou o cofundador e COO, será, essencialmente, gerado pelo usuário. “É a única maneira de escalar a produção mantida em massa. Será um lugar que conecta as pessoas ao mundo físico via cultura”, adicionou.
No universo virtual, é possível impor verdadeiros direitos de propriedade digital, explicou Borget. E, assim, os usuários podem possuir, valorizar, trocar e monetizar o conteúdo. Em 2022, a The Sandbox pretendia levantar cerca de US$ 400 milhões em rodada de financiamento – após aumento de capital, a intenção de avaliação é ultrapassar US$ 4 bilhões em capital.
Porém, como marcas, projetos e comunidades podem desbloquear o valor do metaverso? Basta permitir que os usuários peguem o conteúdo oficial de sua marca e o misturem, da maneira que quiserem, via ferramentas, com uma experiência própria e única no digital. “Nossa missão tem sido capacitar os jogadores e qualquer pessoa para se tornar um criador e fornecer-lhes ferramentas acessíveis para que possam construir uma nova forma de experiências digitais, mundos virtuais, agora com base na verdadeira propriedade digital”, explicou.
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