A era do micro-moment
Se você parar para pensar que os momentos mais grandiosos e memoráveis dos nossos relacionamentos estão nos detalhes, podemos entender o grande impacto que isto pode gerar nas relações
Se você parar para pensar que os momentos mais grandiosos e memoráveis dos nossos relacionamentos estão nos detalhes, podemos entender o grande impacto que isto pode gerar nas relações
16 de fevereiro de 2017 - 17h23
Não é novidade para ninguém que vivemos atualmente a era do micro-moment, isso significa que as empresas precisam agir com rapidez e perspicácia, levando em consideração a porcentagem de erro. Quando se inicia um projeto é importante já se contabilizar as chances de falhas e acertos. É necessário avaliar todos os pormenores e tomar atitudes com agilidade.
Com a conquista dos influenciadores no mercado digital, a “onda” de Youtubers e as marcas que estão modificando o discurso de anos para garimpar novos fãs/seguidores, o micro-moment virou a febre do momento. E apesar da oportunidade de relacionar marcas e pessoas muitas empresas ainda não aprenderam a “surfar nessa onda”. Por vezes o medo de errar não deixa a organização ousar e infelizmente a geração imediatista não espera a fase de adaptação.
Normalmente, a primeira tentativa de interação entre consumidor e marca é fruto de uma reclamação ou descontentamento. Com a necessidade do imediatismo essas respostas têm que ser ágeis e certeiras – independente do motivo que levou o consumidor a entrar em contato com a empresa. Em um segundo momento, passamos para a “era do consumidor”, momento em que as marcas terão que adaptar seus produtos ou serviços para atender a necessidade de seus clientes.
A realidade feita de micro-moments exige mudança e inovação a uma velocidade cada vez mais rápida, a todo instante. E o caminho para o sucesso é sem dúvida estar presente na vida dos clientes. Constantemente brinco que precisamos aprender a ser mais consultor Natura e menos supermarkets. É fundamental focar primeiro no bom atendimento e produto, depois no retorno que a marca terá como, por exemplo, lucros, benefícios, fornecedores, etc.
Produzir conteúdos realmente engajadores e focados em “ensinar” e acrescentar conhecimento ao cliente é à base do micro-moment. A ideia do termo é resgatar os antigos hábitos de venda dos “consultores da Natura”, as marcas precisam voltar a serem presentes e pessoais na vida do consumidor, além de perderem o medo de arriscar e errar
A evolução digital no dia a dia das pessoas trouxe o mercado para a realidade do aqui e agora. Vivemos a cultura do feedback instantâneo desde apps de conversação até redes sociais, entre outros. Com isso houve a criação de um novo senso de urgência que afeta todos os segmentos sem restrições. A capacidade de gerar conteúdo e compartilhar foi potencializada com os smartphones, tanto na agilidade quanto na quantidade de conteúdos que produzimos.
O grande avanço da tecnologia nos permitiu capturar e compartilhar todos os pedaços da nossa vida com conhecidos e desconhecidos em tempo real, estamos na fase da perda eminente de privacidade. Essa nova necessidade de atenção e compartilhamento gerou diversas oportunidades de conversação e inserção da marca na vida das pessoas. As marcas geram seus próprios micro-moments com situações cotidianas facilmente escalonáveis.
Produzir conteúdos realmente engajadores e focados em “ensinar” e acrescentar conhecimento ao cliente é à base do micro-moment. A ideia do termo é resgatar os antigos hábitos de venda dos “consultores da Natura”, as marcas precisam voltar a serem presentes e pessoais na vida do consumidor, além de perderem o medo de arriscar e errar. Tecnologicamente, as melhores ferramentas que temos estão na captura e análise de dados, pois com eles conseguimos conhecer melhor o consumidor para depois iniciar as conversas e criar os momentos personalizados.
Além das mudanças no conteúdo, relacionamento e período de interação com usuário, o processo de venda também mudou. O mesmo não acontece mais na “gôndola”, o consumidor atual “pesa” seu relacionamento e troca com a marca antes de adquirir algum produto de maneira compulsiva. Para conquistar o consumidor à empresa precisa realmente estabelecer a conexão primeiro e tentar realizar a venda depois.
Se você parar para pensar que os momentos mais grandiosos e memoráveis dos nossos relacionamentos estão nos detalhes, podemos entender o grande impacto que isto pode gerar nas relações. É importante ficar bem atento aos riscos e análise cirúrgica dos impactos de nossos conteúdos, transformando dados em informações pertinentes para traçar os próximos passos.
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