EuroShop quer conquistar a Geração Z

6 de março de 2017 - 17h07

Integração de tecnologias, como a realidade aumentada, é um dos destaques do evento (crédito: divulgação)

Bem-vindos à EuroShop, a mais importante feira de soluções para varejo do mundo. Realizada a cada três anos, em um dos maiores e mais estruturados pavilhões de eventos do mundo, o Messe Dusseldorf, na Alemanha, o evento ganha mais importância a cada edição.

São 18 pavilhões, mais de 120 mil metros quadrados, 2.500 expositores, mais de 100 mil visitantes de quase 100 países e um espetáculo particular de novidades. A grande vantagem em relação a outras feiras de varejo é que, por ser realizada a cada três anos, permite que as soluções e novidades apresentadas já tenham passado pelo ciclo de prototipagem, lançamento e aprendizado.

A 50ª EuroShop começou no domingo, 5, e segue até quinta-feira, 9. No primeiro dia de evento, já deu para perceber três grandes tendências.

Varejo multitarefa
A geração Z — que em 2020 será a maior parte da força de trabalho e de compra nos maiores países do mundo — pede simplicidade nos espaços. Os jovens esperam que eles sejam interligados e multitarefa: uma loja de roupa pode ter o melhor café da cidade; uma farmácia pode vender um ótimo pão; e uma loja de material de construção pode ser o melhor lugar para se fazer home office. Isso tudo pede espaços interligados e varejistas que olhem a cesta de compras e toda a jornada de consumo desse consumidor, e não somente os produtos que ele consome normalmente em sua loja.

É de assustar? Talvez não. Muitas das grandes marcas já vem mostrando que entenderam o recado dos novos consumidores. American Apparel, Knauber, Edeka, Aston Martin são apenas alguns exemplos.

Transparência
Outro tema de grande destaque desta EuroShop é a transparência. O mundo todo discute mecanismos para deixar mais transparentes as contas públicas, as formas de atuação dos governos e empresas. No Brasil, essa onda também se mostrou necessária. E, aqui na EuroShop, o tema chegou ao ponto de venda. Elementos retos, balcões de atendimento limpos, com uma tendência à volta da madeira (tanto certificada como em forma de compensados e elementos que aproveitam sobras de material), telas e elementos vazados mostram que o varejo precisa, sim, tratar funcionários e consumidores com mais cuidado.

Transparência é tendência no ponto de venda (crédito: reprodução)

Integração de tecnologia
A tendência é integrar os mais variados tipos de tecnologia, de forma a entregar um varejo mais organizado, com dados precisos e otimizar a operação. Empresas que, até então, estavam somente focadas na venda de mobiliários, agora estão fornecendo soluções de trade, capazes de mostrar quando e onde existe ruptura de produtos. Empresas de segurança investem em tecnologias que vão além, integrando benefícios de tesouraria, análises e monitoramento de dados de toda a loja.

Se a eficiência é tema discutido no mundo todo, é mais que preciso que o assunto entre na pauta dos varejistas brasileiros. Muitos investiram durante a crise, mas outros tantos ainda precisam ter ciência que, não basta vender mais, é preciso qualificar funcionário, ponto de venda e discurso.

Quem não seguir as tendências — e não há mal algum em simplesmente seguir tendências e não as lançar—, ficará para trás em um varejo que é cada vez mais rápido, eficiente, maior e preparado para as mudanças que ocorrem de geração para geração. E ficar para trás, em varejo, significa ter uma loja comum, com margens baixas, funcionários desmotivados e consumidores desinteressados.

Se empolgou? Então se prepare para as mudanças e esteja aqui na EuroShop em 2020!