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Opinião

Tempo de atenção não é o problema; é o conteúdo

A nova geração busca participação, personalização e propósito, e isso exige das marcas sair do monólogo e entrar em um diálogo verdadeiro 


4 de julho de 2025 - 14h00

É comum ouvirmos que o tempo de atenção dos jovens está cada vez menor. Essa é uma narrativa que tem orientado campanhas e estratégias de comunicação a apostarem em conteúdos cada vez mais curtos, rápidos e “snackables”. Mas, após observar com mais atenção o comportamento das novas gerações, percebo que talvez a questão não seja o tempo. Mas sim, o sentido. 

Se jovens não tivessem tempo de atenção, como explicar o sucesso de campanhas gamificadas em que eles passam 11 minutos inteiros interagindo com uma marca dentro de um jogo? O que esses dados nos mostram é que o problema não está no tempo que as pessoas estão dispostas a investir, mas na relevância da experiência que está sendo oferecida. 

Estamos em uma era em que as pessoas não querem ser interrompidas, mas sim envolvidas. E envolvimento exige escuta, compreensão e criatividade. É preciso criar narrativas que dialoguem com os interesses reais desse público, que respeitem a sua inteligência e que ofereçam algo que valha o tempo delas. Porque tempo, elas têm. O que falta, muitas vezes, é conteúdo que mereça ser visto. 

No universo da comunicação para o turismo, por exemplo, isso se traduz em experiências interativas, narrativas imersivas e ativações que transformam a audiência em protagonista. Campanhas que conectam vão muito além do tempo de duração de um vídeo. Elas se medem pelo impacto que causam e pelo desejo que despertam. 

É importante também entender que a nova geração consome conteúdo com uma lógica diferente. Ela busca participação, personalização e propósito. E isso exige das marcas uma mudança de postura: sair do monólogo e entrar em um diálogo verdadeiro. 

Precisamos investir em ideias que despertem curiosidade, emoção e engajamento real. Porque quando o conteúdo faz sentido, ele não é apenas assistido: ele é vivido. 

Tempo de atenção é consequência. A causa está na conexão. Quando o conteúdo fala a língua de quem assiste, ele deixa de ser um vídeo — e vira uma experiência. 

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