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Opinião

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Os meios publicitários estão vivendo a sua quarta revolução: começou com o cinema, depois veio a TV aberta, evoluiu para a TV paga e, agora, quase todos convergem no digital


19 de dezembro de 2018 - 14h09

Crédito: gradyreese/iStock

Há pouco mais de dez anos, a indústria era muito bem segmentada. Marcas, agências, veículos, consultorias e empresas de tecnologia ocupavam espaços bem definidos e desempenhavam papéis específicos. Graças à evolução tecnológica, players enxergaram oportunidades de avançar em outros terrenos. No mundo das agências, vimos surgir consultorias de comunicação. As marcas, por sua vez, internalizaram esforços de mídia, com estratégia e produção de projetos de conteúdo e mídia in-house. Já as empresas baseadas em tecnologia ampliaram seus tentáculos, criando uma nova demanda.

Com as mídias cada vez mais democráticas e a audiência mais fragmentada, ganhar escala e criar propostas de valor diferenciadas se tornou fundamental para competir pela atenção do consumidor. É também por isso que assistimos a fusão de megaempresas de entretenimento no mundo todo.

Se, por um lado, a TV, rainha do consumo no País, com 6 horas e 23 minutos por dia, segue evoluindo a passos largos na direção de âmbitos tecnológicos, por outro, empresas de tecnologia seguem buscando ambientes mais seguros e verdadeiros para seus anunciantes através de ofertas de vídeos premium. Criar alianças com empresas de meios tradicionais para criação e distribuição de conteúdo com alto poder de engajamento pode ser o caminho: hoje, estão todos queremos conectar pessoas.

A tecnologia e a revolução digital trouxeram muitos benefícios para nossa indústria. Independentemente de concorrência, é crucial desenvolver alianças que permitam tirar proveito dos diferenciais competitivos de cada player.

A evolução da nossa indústria sempre se baseou em criar mudanças nos modelos tradicionais com o objetivo de trazer soluções melhores e mais adaptadas aos desejos dos espectadores, leitores e usuários. Melhorar dentro de casa e assim se diferenciar dos concorrentes da porta para fora.

Hoje, os tempos são outros. Os antigos adversários agora fazem parte da solução e ficar fora desse jogo moderno pode implicar resultar numa aposentadoria precoce.

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