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Opinião

Mudança de mindset: seu emprego é o seu negócio

Nada substitui o estudo e a curiosidade, manter o aprendizado ao longo da vida e buscar conhecimento a todo momento atribui um valor diferenciado ao mercado


30 de julho de 2019 - 14h00

(Crédito: StockSnap/Pixabay)

A relação entre o cenário de desemprego que atinge 13 milhões de pessoas no Brasil (IBGE) e as importantes reformas estruturais que estão sendo discutidas trazem à tona a expectativa de que podemos voltar a crescer, ter uma economia acelerada e, quem sabe, gerar mais oportunidades de trabalho. Torna-se, então, importante refletir sobre como as pessoas assumem o protagonismo e a responsabilidade de se manterem relevantes no mercado de trabalho.

Independente do formato em que as pessoas atuem, seja CLT, prestador de serviço, empreendedor, microempreendedor ou mesmo um grande empresário, é importante ter em mente que elas valem o quanto elas conhecem, o quanto elas possuem realmente de repertório de experiências e como elas conseguem aplicar todo esse conhecimento a favor de um empreendimento, de uma empresa ou de um cliente.

Muitas pessoas ainda olham para o seu emprego como algo que a organização representa para elas, mas na verdade a empresa é o seu cliente. Por isso, torna-se fundamental aplicar esforços de forma diferente. Melhor do que pensar “o que vou receber no final do mês” é pensar “onde eu quero chegar com o meu negócio?”.

Todo mundo é um empreendedor individual e deve encarar suas entregas, resultados e até mesmo o seu emprego como um negócio. Mas como manter o seu produto, ou seja, você, relevante? Não vejo outra forma que não através do lifelong learning. Manter o aprendizado ao longo da vida, buscar conhecimento a todo momento, ser curioso e aproveitar todo o tempo livre para poder aprender mais sobre as coisas que te interessam. Conhecimentos específicos sobre a área em que atua ou sobre outras áreas, pois esses repertórios se conectam e fazem com que você tenha um valor diferenciado para oferecer ao mercado. Nada substitui o estudo e a curiosidade.

Hoje, só não aprende quem não quer. Com tantas ferramentas gratuitas disponíveis, não tem desculpa. Podemos assistir às mesmas aulas que um aluno em Oxford ou Stanford assiste, através de vídeos online, por exemplo. Basta ter disciplina e usar isso a seu favor. O mundo já é digital.

Uma dica valiosa é fazer uma curadoria consciente de quais fontes utilizar para buscar novos conhecimentos. Tem muita informação por aí que não agrega valor e até pode impactar negativamente. Para fazer essa curadoria, costumo consultar pessoas que são referências em suas áreas de atuação. Que podcast está ouvindo? Que livro está lendo? Perguntar isso pra quem é fera é importante para ter as fontes certas. Isso ajuda a não perder tempo buscando informações em locais que podem te complicar ou ser irrelevante.

Criar uma rede de networking de busca de novos conhecimentos e levar isso para a sua empresa será muito importante na criação de novos produtos e serviços, além de agregar valor para os seus clientes. Na velocidade em que as coisas estão evoluindo, manter-se atualizado e buscar outras alternativas, visões e perspectivas vai te manter no topo. E se você está no topo e tem conhecimento relevante, trabalho não vai faltar.

*Crédito da foto no topo: Pixabay/Pexels

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