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A decisão do CADE sobre Warner/ATT é uma decisão mesmo?

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A decisão do CADE sobre Warner/ATT é uma decisão mesmo?

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Blog do Pyr

A decisão do CADE sobre Warner/ATT é uma decisão mesmo?

Estamos vivendo um movimento de globalização ás avessas. Durante séculos, as empresas cresceram para fora de suas fronteiras, agora vão encolher as fronteiras. Setores serão englobados por setores, num novo realinhamento do capitalismo mundial. CADE? Mas que CADE???


23 de outubro de 2017 - 7h35

Há  semanas, neste post que você pode ler aqui, cujo título era já bastante claro (“Porque pode ser inócuo o veto do CADE a fusão ATT/Time Warner”) comentei que o CADE iria possivelmente aprovar aqui no Brasil a fusão da ATT e Time Warner. Quer dizer, a ATT comprando a Time Warner, melhor dizendo.

Disse que achava isso porque estamos falando de forças mundiais que estão realinhando não as empresas no Brasil, mas toda a estrutura do capitalismo global. E que achava difícil que aqui, nesta republiqueta, o CADE tomasse uma decisão independente dessas forças e que deveria, afinal, seguir a tendência internacional, que aponta para um amontoado subsequente e sem fim de mega-blasters consolidações, agora não mais intra-setoriais, como vimos ao longo de décadas, mas entre setores. Tipo o Google comprando a Volkswagen para ter uma fabriquinha para seu carros autônomos, se é que me entende, caro (a) leitor (a). Ou, como os boatos apontam, o WPP ou o Publicis sendo comprados pela Accenture. Ou ainda, como vimos meses atrás, os rumores de que a INBEV estava querendo comprar a Unilever. Sacaram, gentes?

É isso. E é por isso que acredito que as normas de negócios da nossa indústria vão passar por revisões, aliás, como já estão passando. O inteligente é nos juntarmos para alinhar o que queremos, já que somos inevitavelmente players desse mesmo mundão véio de Deus, que depois de ter ficado enorme e global, está encolhendo mais e mais, para ficar uma vila, como previu McLuhan.

Nessa vila vai ter o dono da mercearia global da esquina, da oficina global do bairro, da padoca global do português da rua de cima, por aí vai.

Melhor estarmos mais preparados do que nunca para sermos parte da vila, porque não haverá muita coisa fora dela. Só o matagal global do terreno baldio da esquina.

(*) Nem de longe sou favorável a tudo isso, só pra deixar claro. Mas tudo isso não está nem aí para o que eu acho. Vai só rolar e boas.

 

 

 

 

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