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Campanhas no Facebook não vão mais ser cobradas por like

Outra mudança dos algoritmos do Facebook para a plataforma é que não será mais necessário passar pela fanpage para fazer um anúncio como era o padrão


4 de novembro de 2015 - 12h31

(*) Por Flávio Luizetto

O Facebook realizou uma mudança que impacta positivamente todos os seus anunciantes. Após a rede perceber que muitas marcas estavam se afastando porque os likes cobrados não geravam vendas, e apenas fama, e ciente de que era fundamental a plataforma ser preparada para anúncios mobile (80% de sua audiência estão em dispositivos móveis), a rede realizou algumas importantes mudanças em seus algoritmos.

Anteriormente, para um anúncio no Facebook cujo foco é vendas, o anunciante precisava pagar pelo clique, pelos likes e pelos compartilhamentos. Isso dificultava muito principalmente para pequenas empresas, pois o risco era gastar toda a verba em três posts, pois podia ter mais de 1 mil likes. A partir de agora, nem likes e nem compartilhamentos serão cobrados. Só será cobrado o clique que direciona para fora do Facebook, ou seja, o clique real que permite conversão para anunciantes. Na prática, isso vai gerar resultados mais assertivos e reduzirá custos de campanhas.

Outra mudança dos algoritmos do Facebook para a plataforma é que não será mais necessário passar pela fanpage para fazer um anúncio como era o padrão. Agora, o anúncio publicitário está separado, o que é bastante positivo para o usuário que não ficará mais vendo anúncios em fanpages. Do ponto de vista das marcas, será mais fácil localizar suas personas em campanhas (público alvo definido em detalhes, gênero, região, idade, casados ou não, filhos ou não, gostos etc.).

Para poder fazer parte das mudanças de algoritmos do Facebook, será necessário solicitar à rede. A plataforma oferece um botão e o usuário precisa aceitar a migração. Muitas empresas não sabem que tem que migrar. Se não o fizerem, perderão dinheiro.

Há dois fortes impulsionadores das mudanças nos algoritmos do Facebook. Um é o fato de que 80% das pessoas acessam a rede por dispositivos móveis. O outro é que o Facebook quer vender o grupo, ou seja, Messenger, WhatsApp e Instagram. São 1,5 bilhão de usuários do Facebook, 700 milhões no WhatsApp, 300 milhões no Messenger e 700 milhões no Instagram. Isso é uma estratégia para bater de frente com o grupo Google (Google, YouTube, apps e Chrome).

Isso fez com que o Facebook abrisse, por exemplo, os vídeos autoplay dentro da plataforma e lançasse novidades como os anúncios 360, no qual a pessoa parece estar filmando a cena como se estivesse presente no local. O Facebook também está premiando quem faz vídeos nativos na plataforma, os vídeos autoplay e orientados a mobile. Assim, aos poucos, aumenta seu inventário proprietário de vídeos. Quando alguém habilita um vídeo embutido na plataforma, os algoritmos do Facebook leem a ação como o correspondente a 270 likes de um post tradicional. A plataforma também melhora o ranking daqueles que inserem hashtags que se conectam com o Instagram.

O bom é que, embora a briga seja entre os grandes grupos, até o momento as mudanças são favoráveis ao usuário, que ganha em inovação mobile e qualidade de conteúdo, e também para as empresas, que ganham em redução de custos.

(*) Flávio Luizetto é head de performance da Moustache 

 

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