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A criatividade pode ser automatizada?

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**Crédito da imagem no topo: Trendobjects/iStock
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A criatividade pode ser automatizada?

Para Jéssica Gomes, head de criação e comunicação da Sallve, as martechs e as adtechs ajudam a tornar o processo de criação mais integrado


3 de setembro de 2021 - 6h00

Automações e ferramentas são ótimas aliadas, tanto para enriquecer o processo com aprendizados quanto para apontar contextos, afirma Jéssica Gomes, head de criação e comunicação da marca de cosméticos Sallve. Porém, ressalta, a criatividade não pode ser provida por máquinas ou dispositivos mecânicos e eletrônicos. “O olhar criativo é um olhar sensível sobre as pessoas, seja para se comunicar com uma audiência, para entregar um produto ou até evoluir uma tecnologia. É combinar todos os insumos e insights que temos em mãos com quem somos, nossas vivências, visões de mundo e contextos. Sem dúvidas, a tecnologia enriquece o processo, mas criatividade é impacto na vida das pessoas, sobre escuta ativa, sobre coragem e compromisso”, diz, com exclusividade ao Meio & Mensagem.

Jéssica é responsável por liderar a maneira como a Sallve cria suas fórmulas, campanhas, ativações e conteúdo, por meio de conversas perspicazes e relevantes com a comunidade da marca.

Segundo a head, as martechs e as adtechs ajudam a tornar o processo de criação mais integrado, via, por exemplo, estratégia, social listening, mídia e CRM: “Soluções como essas nos fazem criativos melhores, porque nos ajudam a descobrir insumos e insights de formas diferentes, o que não só ajuda a otimizar esforços e investimentos, mas também torna nossa conversa com as pessoas muito mais próxima, mais contextual e relevante”.

Jéssica, ainda, explica, em uma marca de beleza, como promover a experiência do cliente, por meio de inovação, e qual é a força do marketing de conteúdo, em meio a um mundo mais digitalizado.

 

Jéssica Gomes, head de criação e comunicação da Sallve (crédito: divulgação)

Meio & Mensagem – Na criatividade, o que é possível ser automatizado?
Jéssica Gomes – Automações e ferramentas sempre serão ótimas aliadas, tanto para enriquecer o processo com aprendizados quanto para apontar contextos, deixar a gente conectado ao pulso das conversas e otimizar o dia a dia. Porém, isso não quer dizer que a criatividade pode ser automatizada. O olhar criativo é um olhar sensível sobre as pessoas, seja para se comunicar com uma audiência, para entregar um produto ou até evoluir uma tecnologia. É combinar todos os insumos e insights que temos em mãos com quem somos, nossas vivências, visões de mundo e contextos. Sem dúvidas, a tecnologia enriquece o processo, mas criatividade é impacto na vida das pessoas, sobre escuta ativa, sobre coragem e compromisso.

M&M – Como vê a evolução da concepção de campanhas, diante do surgimento de soluções de martechs e adtechs?
Jéssica – Bom, martechs e adtechs são aliadas para tornar o nosso processo de criação muito mais integrado: estratégia, social listening, mídia, CRM. Todos focados em entender, cada vez melhor, as pessoas. Soluções como essas nos fazem criativos melhores, porque nos ajudam a descobrir insumos e insights de formas diferentes, o que não só ajuda a otimizar esforços e investimentos, mas também torna nossa conversa com as pessoas muito mais próxima, mais contextual e relevante. Assim, nossa conexão com as audiências e seus contextos ganham muito. Para além das automações, a inteligência que oferecem vem ajudando a gente a construir uma comunicação mais criativa, mais assertiva e mais impactante.

M&M – Em uma marca de beleza, como promover a experiência do cliente, por meio de inovação?
Jéssica – Antes de tudo, é preciso reconhecer o impacto que marcas de beleza têm na vida das pessoas, na relação delas consigo mesmas, com o mundo. Em uma indústria que, por muito tempo, lucrou com a exclusão, a gente descobriu, na experiência encantadora para cada pessoa que passa por aqui, um caminho para ir na contramão dos padrões, da falta de acesso, dos estereótipos. Inovar é sobre ser relevante para as pessoas. E, estar perto delas, entregando valor, para além da compra, é o melhor jeito de se conectar de forma genuína e relevante. Aqui, a gente eleva a experiência, entregando toda a informação que as pessoas buscam para entender melhor sua própria pele, quais fórmulas e ingredientes existem, como construir sua jornada de cuidados. Da decisão de um frete fixo para todo o País ao time dedicado a te ajudar a fazer a escolha certa, estar perto da nossa comunidade, por meio de uma escuta ativa, torna a relação ainda mais incrível para ambos. Ouvir, aprender e melhorar, sempre, é nosso jeito de seguir tornando a experiência das pessoas única, por aqui. E, como retorno, temos o privilégio de ter uma comunidade única também, engajada, que constantemente troca com a gente em todos os momentos e decisões, para cocriar nossos próximos passos.

M&M – Qual é a importância da segmentação contextual e comportamental para a Sallve?
Jéssica – A segmentação ajuda a gente a elevar a experiência do consumidor. Ter nossa comunicação presente em contextos relevantes, em canais adequados e alinhados aos nossos valores e, principalmente, garantir que o conteúdo que estamos entregando não seja uma perseguição. Assim, você consegue se conectar à audiência em um contexto seguro e relevante, tanto para as marcas quanto para as pessoas.

M&M – Qual é a força do marketing de conteúdo, em meio a um mundo mais digitalizado?
Jéssica – Marketing de conteúdo é sobre entregar valor, com ou sem a transação comercial. Em um mundo de excesso de informações, fake news, click baits, onde a aversão àquilo que interrompe as pessoas só cresce, garantir que seu conteúdo seja relevante na jornada das pessoas é garantir que sua marca seja relevante para elas. São infinitas as possibilidades. Seu conteúdo pode ensinar, pode representar ou entreter, por exemplo. O essencial é ouvir as pessoas e se colocar no mundo como marca que deseja ser útil para a vida delas.

*Crédito da foto no topo: TrendObjects/iStock

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