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A transformação que vai muito além do Digital.
A Transformação que estamos vivendo agora é a Transformação da Liberdade, onde o Digital é o alimento e não um rótulo.
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16 de fevereiro de 2017 - 15h48
Por Daniel Rimoli (*)
Transformação Digital foi a expressão mais propagada nos últimos anos. Nascida no mundo das consultorias, foi sendo absorvida por quase todos os agentes do mercado e despertou uma série de especulações. Mas vejo um erro de interpretação sendo reproduzido, simplificando o conceito a tudo que é ligado a dados, softwares e dispositivos. Ela está muito além.
Vivemos o momento de uma quebra gigantesca de nossas correntes. Muitas das quais nem percebíamos que existiam mas, quando eliminadas, chamam a atenção. Vejo muitos colegas não percebendo o real impacto, justamente porque o condenam a um “gueto” Digital, preso em smartphones ou desktops, ainda na tal Agência Digital ou no profissional especialista Digital.
A chamada “Transformação Digital” é o momento mais agudo das mudanças que a tecnologia e a internet proporcionaram à economia e a sociedade nas últimas décadas. Mas o sobrenome engana. Na verdade, o digital é um conjunto de ingredientes que formou a base desse ponto de partida. E o que temos agora é liberdade.
A Transformação Digital não se resume a um aplicativo, uma conta no Twitter ou uma reunião virtual usando o Skype. Ela atingiu patamares de ruptura trazendo surpresas praticamente todo dia. É uma sequência de pensamentos de “como não pensei nisso antes?” ou “ainda não entendi como estes caras ganham dinheiro?” tão frequente e intensificada com a multiplicação de eventos, startups e conteúdos que temos consumido regularmente.
Quando você pensa em Digital, lembra de acessar seu celular e checar o WhatsApp e o Facebook. Curva a coluna e se isola, concentrando-se em uma tela insignificante perto do olhar de reprovação de quem quer interagir ao vivo. Pois é aí que está o desvio de interpretação. O Digital já saiu desse “reducionismo”. Ele está dando o salto de estar em todos os lugares e ao mesmo tempo em nenhum lugar, já que é imperceptível. Veja os últimos lançamentos relacionados a automação de nossas casas e carros, como Google Home e o Amazon Alexa. Somos direcionados por algoritmos e conversamos com eles, mesmo sem perceber. Já começamos a vislumbrar um mundo sem dependência do smartphone (ufa), mas muito ligado ao Digital.
É por isso que a Transformação que estamos vivendo agora é, na verdade, a Transformação da Liberdade, onde o Digital é o alimento e não um rótulo. É a liberdade da falta de limites, etapas e barreiras. É o “seamless payment” ou o benefício de sair de um carro que o transportou sem ter que por a mão na carteira. É conseguir pesquisar conteúdos apenas com o comando de voz. Ou receber sugestão de filmes, livros e novas canções de uma forma cada vez mais surpreendente e apaixonante.
Esta Transformação da Liberdade tira o Digital como uma consequência ou um fim. Mas esta retirada não é a negação. Muito pelo contrario. Tudo que o Digital trouxe (algoritmos, inteligência artificial, big data, conectividade, user experience, etc) é insumo essencial para poder deixar fluir a verdadeira criatividade com o máximo desimpedimento, para desafiar o que quer que seja.
A Transformação populariza os benefícios para as pessoas comuns. Mas os verdadeiros chefes desse movimento são os profundos conhecedores dos ingredientes digitais, aqueles conscientes do que a automação será capaz de fazer.
Muita coisa ainda vai se transformar e elas não estarão presas no Digital. Vamos sentir mudanças nas coisas mais corriqueiras, centradas na forma como nós, humanos, vamos viver experiências até então nunca imaginadas. Tudo será transformado, a partir de uma fundação digital, para promover a liberdade e integração dentro de nossas vidas.
Especialize-se no digital, desafie os modelos tradicionais e prepare um futuro sem barreiras. Porque todos nós seremos agentes dessa famosa Transformação.
(*) Daniel Rimoli é Head Edelman Digital no Brasil e Diretor de Comunicação da ABRADi (gestão 2016/18)
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