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Como o live marketing pode aproveitar soluções de martechs?
Ferramentas ajudam a entender o comportamento do consumidor e sua jornada e, assim, a atingi-lo com a mensagem certa, no melhor momento
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Victória Navarro
27 de janeiro de 2022 - 6h00
Valorização, engajamento, conversão e fidelização. Diante da transformação digital, a busca pela atenção dos consumidores é, cada vez mais, crucial. Nesse contexto, o live marketing, que visa promover conteúdo ou experiências sensoriais e em tempo real, ganha destaque. Além disso, a tecnologia mostra-se uma grande aliada dessa estratégia. As plataformas sociais tornaram-se indispensáveis para as marcas, uma vez que, naturalmente, a audiência está online. Muitos eventos já acontecem, concomitantemente, na própria mídia do anunciante, como website, e no Instagram e no YouTube da marca. A inovação, no live marketing, também chama a atenção, por meio de realidade aumentada e da inteligência artificial, a fim de gerar impacto.
Dessa forma, essas ações estão, diretamente, ligadas ao uso de martechs, via, por exemplo, soluções de CRM (em inglês, Customer Relationship Management; e, em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente). “Com objetivos de fidelização ou recompra, eu diria que uma ação de live marketing já nasce direcionada para seu próprio consumidor. Você pode gerenciar toda a jornada do seu cliente em uma ação dessa natureza, promovendo o evento para clusters com informações que sua marca já possui em sua base”, explica Gabriel Nunes, diretor executivo da Math Ads, empresa focada em unir estratégia, dados e criatividade para a geração de resultados escaláveis. Existem diversas plataformas de martech que ajudam anunciantes a capturar informações e comportamento do consumidor, adiciona. São plataformas que direcionam o cliente para uma tomada de ação, ao mesmo tempo que mensuram o engajamento. “Como existem chances de que o engajamento do consumidor não gere uma compra apenas com a ação de live marketing, é importante saber quem é essa pessoa e o que ela busca para futuras interações”, afirma.
O impacto no digital
Gabriel destaca que qualquer evento de live marketing precisa considerar um impacto no ambiente digital: “Não temos mais experiências 100% analógicas. O online, sempre, está presente. Há, sempre, alguém registrando o momento em um Stories e comentando no Twitter”. O digital é a forma de amplificar a mensagem e de atingir o consumidor certo, na hora certa, complementa Fernando Figueiredo, CEO da agência Bullet. “Com o digital, o talkability é certo”, diz. As ações de marketing digital precisam acompanhar a audiência nichada — e despriorizar a de massa –, capaz de gerar engajamento real e mensurável.
No Brasil, o live marketing ganhou protagonismo em um ambiente em que a busca por resultados virou prioridade. Hoje, o uso da estratégia para gerar engajamento é fundamental para mexer no ponteiro e fazer a roda girar, explica Fernando. Com a pandemia da Covid-19, o setor cresceu. Segundo dados do Nielsen TV Audience Measurement de março de 2021, estar em casa levou a um aumento global de quase 60% na quantidade de conteúdo de mídia consumida. Se, por um lado, os eventos presenciais foram dizimados, por outro, a necessidade de conexão afetiva, emocional e sensorial com o público consumidor fez as marcas aderirem em massa às ações de live marketing, com intensa produção de conteúdo e geração de informações e conversas, de forma direta e por meio de embaixadores. “Todas as limitações geográficas do live marketing acabaram. É totalmente possível a conversão de comunicação de massa com a personalização da mensagem. É atingir o macro de forma micro”, afirma o CEO da Bullet.
Construção de estratégia
A estratégia de live marketing precisa começar a ser traçada via um objetivo de negócio bem definido, com ação de branding, de fidelização ou de captação de base para vendas futuras. “Ações eficazes de marketing ao vivo deixam no público um gosto de quero mais, que perdura, que fideliza seu cliente”, explica o diretor executivo da Math Ads. Existem ferramentas para entender o comportamento do consumidor e sua jornada e, assim, atingi-lo com a mensagem certa, no momento certo. Ademais, é importante dar fim, adiciona Fernando, àqueles planejamentos de meses e àquelas execuções que transcendem o semestre com verbas milionárias: “Agora, a regra do jogo é fazer e fazer rápido. Se não der certo, revisar, replanejar e reimplantar. Por isso, mega ideias dão lugares a ideias cirúrgicas e assertivas, que representam investimentos mais adequados ao modelo atual”.
*Crédito da foto no topo: Francesco Ungaro/Pexels
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