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Comunicadores instantâneos disputam usuários
Rápida adoção dos aplicativos de mensagens instantâneas no Brasil cria novos desafios para operadoras, agências e anunciantes. Mas, diante de tantas opções, há espaço para todos?
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10 de fevereiro de 2014 - 8h09
POR ARTHUR QUEZADA
A comunicação faz parte do nosso instinto. Sempre foi natural. Desde os desenhos nas paredes feitos por nossos ancestrais, passando pelos hieróglifos no antigo Egito, viajando pela idealização do alfabeto, seguindo com as cartas, telégrafos, telefones, computadores, internet. Todos esses mecanismos foram se aprimorando até alcançarem o patamar da comunicação na palma da mão, como a tecnologia de envio de SMS e, atualmente, com a instantaneidade dos aplicativos de comunicação presentes nos dispositivos móveis.
A necessidade de estreitar as relações de uma maneira rápida e com variados tipos de conteúdo (imagens, áudios, vídeos e textos) faz com que os comunicadores instantâneos apareçam como candidatos para assumir um papel importante na história da comunicação. Se você possui um smartphone, é bem provável que um destes aplicativos faça parte do seu dia-a-dia: Whatsapp; WeChat; Facebook Mensager; Viber; Google Hangout; Skype; Line; e outros mais. Mas qual deles, dentre todas essas novidades, vai ser a referência? Quem ganhará a corrida que deve levar a liderança na comunicação móvel?
De acordo com Léo Xavier, CEO da Pontomobi, apesar das diversas opções presentes no mercado, haverá um ganhador. Segundo ele, a briga por usuários vai se intensificar cada vez mais. “Teremos um vencedor. No final das contas o consumidor é um só. Por isso, acredito que dentre todas estas plataformas, uma sairá vencedora”, analisa.
Para outro especialista na área, Guilherme Santa Rosa, CEO da MoWa, os comunicadores instantâneos estão apenas no começo da viralização no Brasil e no mundo, ao passo que cada vez mais as pessoas terão acesso aos smartphones e novas tecnologias. “Muita coisa ainda vai acontecer neste mercado. Na minha visão, estes aplicativos vão se tornar cada vez mais segmentados, portanto haverá um comunicador para cada segmento, como empresa, família amigos e outros. As características destes ambientes são diferentes e uma segmentação acontecerá. Alguns irão desaparecer e outros sairão vencedores”, comenta.
Números não mentem
A presença dos comunicadores instantâneos na vida das pessoas é um reflexo da necessidade de ampliar as formas de comunicação. Os aplicativos apresentam diferentes opções, que tornam a comunicação mais completa. Estas qualidades se refletem em números. O popular WhatsApp, líder no Brasil e nos EUA, divulgou no ano passado que volume de mensagens enviadas em apenas um dia atingiu um fluxo de 27 bilhões. Segundo a empresa, a base de usuário ultrapassa a marca 400 milhões de internautas cadastrados.
Já o WeChat, outro grande player deste mercado que desembarcou recentemente no Brasil, também está registrando crescimento de sua base de internautas. O aplicativo chinês já ultrapassa a marca dos 280 milhões de usuários.
SMS x Comunicadores
O sucesso dos comunicadores instantâneos com os usuários de smartphones é uma realidade. Mas essa nova face da comunicação móvel altera o ritmo de quem, por anos, liderou este mercado: as operadoras de telefonia móvel. Ao passo que os smartphones já são maioria entre as vendas de celulares, segundo pesquisa da Gartner feita no segundo trimestre de 2013, os aplicativos de comunicação começam a competir diretamente com as operadoras. Entretanto, essa briga ainda não é evidente por conta da força do SMS no Brasil e no mundo.
Com o avanço de tecnologias de conexão, como 3G e 4G, a capacidade de alcance dos comunicadores instantâneos aumenta. Para Santa Rosa, os SMS não irão morrer tão cedo, mas novas tecnologias devem fazer com que a dinâmica das operadoras mude. “O fato do SMS ser de graça chama atenção, além disso os comunicadores estão, na maioria dos casos, interligados com as operadoras. Acho que muita coisa vai evoluir, mas as duas formas devem ser utilizadas pelos usuários nos próximos anos”, comenta.
Brasil é prioridade para Viber
Principal concorrente do WhatsApp e até do Skype, o Viber escolheu o Brasil como um dos primeiros países de sua expansão global. A empresa conta desde meados de janeiro com escritório no País e equipe dedicada à operação local. Com aproximadamente 300 milhões de usuários no mundo, sendo 10 milhões no Brasil, o Viber é conhecido por permitir ligações gratuitas entre usuários da plataforma.
Quem lidera a operação brasileira é Luiz Felipe Barros. O executivo tem o desafio de expandir a base de usuários brasileiros. Para isso, já estão definidas uma série de novidades para todo o ano de 2014 a fim de conectar a marca ao perfil do usuário brasileiro e aproveitar as características locais para tornar o aplicativo ainda mais atraente. “O Viber já é um aplicativo forte no Brasil e cresceu até o momento sem nenhum investimento direcionado para o País. Não prendemos ninguém apenas ao texto ou ao celular. Temos tudo que precisamos para nos tornarmos ainda mais fortes no Brasil e seremos agressivos para fortalecer nossa penetração.”, explica Barros.
Criado em 2010 por próprio Talmon Marco e Igor Magazinik, o Viber conquistou em menos de um mês após o lançamento 1,8 milhões de usuários e, em pouco mais de três anos, já é responsável por conectar seus 300 milhões de usuários com mais de 7,5 bilhões de minutos de ligações e 35 bilhões de mensagens trocadas todos os meses.
Alguns dos principais apps
WhatsApp: Com mais de 400 milhões de usuários em todo o mundo, a ferramenta é sem dúvida a líder no segmento. O Whatsapp está disponível para Android, BlackBerry OS, iOS,Symbian e Windows Phone. Dentre as características, o comunicador fornece a opção de envios de arquivos (vídeos; textos; áudios; imagens), além de possuir funcionalidade instantânea de textos e áudio. A empresa foi fundada em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, ambos veteranos do Yahoo, e está sediada em Santa Clara, Califórnia.
WeChat: Na China, o WeChat é líder com mais de 280 milhões de usuários. Lançado pela empresa Tencent, o aplicativo possui diversas funções além da troca de mensagens, como localização de amigos; integração com redes sociais e chamadas de vídeo em HD. O dispositivo pode ser utilizado em aparelhos equipados com iOS, Android, Windows Phone, BlackBerry e Symbian.
Viber: Permite fazer chamadas gratuitas para outros celulares ou computadores que tenham o programa instalado, além de enviar mensagens, fotos e vídeos. Quando você usa o software, suas chamadas de telefone para qualquer outro usuário são feitas através da internet, e a qualidade do som é melhor do que em uma ligação convencional. O app funciona em dispositivos equipados com Android ou iOS.
Line: Além de ter uma gama de opções para envio de mensagens, o aplicativo oferece diversas interações. É possível atualizar uma linha do tempo, com publicações em texto e conteúdo multimídia, editar imagens, personalizá-las para enviar aos amigos, jogar games, dentre outras funcionalidades. O Line pode ser encontrado nas lojas virtuais para iOS, Android, BlackBerry, Windows Phone e Nokia Asha no mobile, além do Mac OS X, do Windows e do Windows 8 em computadores e laptops.
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