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Dafiti enche o carrinho de compras

Philipp Povel, presidente da holding que controla a varejista online, explica qual o plano do grupo com as aquisições recentes


7 de julho de 2015 - 5h25

 O Global Fashion Group (GFG), que opera o site da Dafiti, anunciou, na quarta-feira 1º, a aquisição das empresas de e-commerce Kanui, da área de artigos esportivos, e a Tricae, que comercializa itens para crianças e bebês. Com o negócio, a Dafiti passa a atuar também nos segmentos de esportes, estilo de vida e infantil. Juntas, as receitas das três empresas chegam a R$ 773 milhões e um total de cinco milhões de clientes.

 

A Dafiti é a empresa que mais investe em publicidade digital no Brasil. Segundo a eMarketer, os aportes da empresa na área respondem por 1,8% dos US$ 2 bilhões anuais investidos. Em entrevista ao Meio & Mensagem, Philipp Povel, presidente do GFG LatAm, explica que não está nos planos unificar as operações nem transformar tudo em uma única marca. “A ideia de manter os sites separados é justamente por entender que cada um tem o seu próprio posicionamento”. Confira a entrevista:

 

Meio & Mensagem – Quando a Dafiti definiu que precisava expandir nas áreas de esporte e infantil?
Philipp Povel –
A América Latina é um mercado em expansão para o grupo e vimos nas duas empresas oportunidades de buscar a liderança no segmento infantil, com a Tricae, e estilo de vida, com a Kanui. Com isso, teremos mais força competitiva no mercado e uma estratégia para entrar no ranking dos maiores do segmento. Com a Tricae teremos mais conhecimento para atuar no mercado infantil.

 

M&M – Qual a representatividade do mercado de produtos infantis na web?
Povel –
Ainda é muito baixa e sabemos que há muito o que ser explorado. Já em esportes, sabemos que a penetração é maior, apesar da concorrência. Por isso, decidimos unir forças para atingir uma fatia mais alta no segmento. A decisão seguiu de forma muito natural por termos os mesmos investidores (a Rocket Internet). Já conversávamos há algum tempo e percebemos que a aquisição seria a melhor opção para as três empresas.

 

M&M – Por que as operações ficarão separadas. Não seria sinônimo de mais custos?
Povel –
A ideia de manter os sites separados é por entender que cada uma tem o seu próprio posicionamento e que todas já atuam bem as suas operações. Não se trata apenas de custo, mas de otimização. Por enquanto, cada uma manterá a sua própria operação, mas com o benefício da sinergia entre as empresas e o GFG. Quanto à logística, cada empresa terá seu próprio Centro de Distribuição, localizados em Jundiaí, interior de São Paulo.

 

M&M – O cenário geral da economia é ruim, qual tem sido o reflexo no comércio eletrônico?
Povel –
O cenário é positivo para o e-commerce, que continua crescendo apesar do momento atual. Segundo dados da McKinsey, o e-commerce de moda é um dos únicos segmentos que deverá crescer a taxas superiores a 30% ao ano. No e-commerce em geral no Brasil, a E-Bit prevê, para 2015, que as vendas pela internet terminem o ano com faturamento de R$ 43 bilhões, 20% maior do que o apresentado no ano passado.

 

M&M – A empresa sonda novas aquisições?
Povel –
No momento, não.

 

M&M – Qual o desafio do grupo daqui em diante?
Povel –
Os desafios são aqueles que já enfrentamos com a Dafiti: quebra de barreiras para compra de moda e produtos infantis em e-commerce, maior penetração no mercado de esportes, lifestyle, moda e infantil, aumento de escala e melhoria de serviços e portfólio.

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