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Limitless Commerce: o varejo que começa, mas não tem fim

Está em pauta a busca por um varejo sem limites. Sem barreiras de nada. Nem de plataformas, nem de espaços (on/off), nem de touchpoints com seus consumidores


1 de outubro de 2014 - 8h51

POR PYR MARCONDES, de Seattle (EUA)

Tem uma empresa chamada Mozu, uma das patrocinadoras platinum aqui do Shop. Org Summit 2014, que tem como conceito a expressão "Limitless Commerce". Genial esse conceito. É um resumo perfeito de tudo que esta rolando aqui. A busca por um varejo sem limites. Sem barreiras de nada. Nem de plataformas, nem de espaços (on/off), nem de touchpoints com seus consumidores. De preferência, com cada um dos consumidores, individualmente, de cada vez. Quando ele quiser e onde ele estiver. Tudo sonho ainda, mas quem não sonha, não realiza.

Várias palestras tocaram nesse tema aqui. Veja alguns títulos e sinta o clima: "Breaking Bag: Reinventing the Ecommerce Experience at Every Touch Point", "Fast and Free: The Fight for Competitive Advantage in Omnichannel Fullfillment", "Time do Get Personal on the Costumer Journey", "Conversation Techniques For The Cross Cahnnel, Multi-device Buyer". E por aí vai.

Em uma delas, "Attributing Success: Incremental Gains through applying Cross-Channel Analyses", o assunto esteve uma vez mais no palco. Essa questão da atribuição é algo embrionariamente ainda em discussão, mas tem tudo a ver com a ideia de acompanhar a jornada do consumidor do primeiro click ao ultimo, só que considerando e monitorando todo o percurso, touchpoint a trouchpoint. Entre o primeiro e ultimo click, tem um algoritmo no meio, que capta, analisa, entende e entrega dados sobre todo o percurso, que se usados com inteligência e eficácia, certamente vão gerar mais engajamento e possivelmente maior conversão.

Para Ryan Gibson, EVP de Marketing Strategy da RKG, empresa de digital marketing services, os players do varejo eletrônico ainda não despertaram por completo do assunto. Ele lembra que cerca de 40% das compras, sejam elas on ou offline, são feitas com base em uma jornada de pesquisas, também on ou offline, que o consumidor efetua antes de apertar o botão de buy. É uma taxa muito alta para ser ignorada. Em sua apresentação provou por A mais B que já existem hoje ferramentas à disposição do mercado para perfeitamente acompanhar esse caminho do inicio ao fim e que ignora-lo ‘e ignorar um poderoso fator de otimização de resultados.

Alguém aí ainda precisa de uma loja física?
Bom, é claro que sim. É claro que a maior parte dos varejistas precisa. Mas a pergunta feita pelo painel "Do You Need a Physical Store", embora retórica ainda hoje, teve a função de chamar a atenção da audiência para o tema da virtualidade da compra. O incremento de soluções em que a loja física começa a ceder espaços a experiências virtuais. Inclusive no próprio ponto de venda. Transformando toda a cadeia de compras bem como a própria loja física, em si.

Todos os painelistas (de empresas como Rebecca Minkoff, eBay, Orvis e Target) apresentaram dados e experiências concretas de como a experiência virtual está se incorporando à experiência física e como as lojas vivem hoje o início de um novo modelo conceitual.

O impacto de recursos como digital signage, RFID, eBeacon, augmented reallity, face recognition, hyperlocation (análises de comportamento in store gerando, por exemplo, mapas de calor) etc, tornam a experiência de compra no mundo real cada vez mais virtual também.

Os representantes das três cadeias de lojas físicas, todos, têm soluções de apps que auxiliam na compra, trazendo ao consumidor, dentro da loja, infos adicionais dos produtos, recomendações customizadas para ele, promoções em tempo real, entre outras possibilidades. Os vendedores da loja utilizam do mesmo sistema para auxiliar o cliente na hora da compra.

As lojas físicas continuarão sendo o ambiente prioritário de vendas para o varejo ainda por um bom tempo. Mas passarão por uma transformação profunda nos próximos anos. Aqui no Shop. Org Summit 2014, se alguém ainda tinha duvida disso, não tem mais.

 

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