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Os desafios inerentes ao marketing para o setor financeiro
Segundo Camila Simão, chief business officer da Dock, para o segmento de banking as a service, é preciso comunicar produtos que façam sentido dentro da operação de cada cliente
Os desafios inerentes ao marketing para o setor financeiro
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BuscarSegundo Camila Simão, chief business officer da Dock, para o segmento de banking as a service, é preciso comunicar produtos que façam sentido dentro da operação de cada cliente
Victória Navarro
9 de agosto de 2021 - 6h00
O maior desafio do setor financeiro tradicional, em relação ao marketing, é mostrar robustez, qualidade e diferenciais de produtos, sem esquecer de brigar por tarifas menores de serviços. Para uma empresa de banking as a service (BaaS), com soluções que permitem que qualquer marca ofereça aos seus clientes e parceiros de negócios serviços financeiros, o desafio é vender produtos que façam sentido dentro da operação de cada cliente. De acordo com Camila Simão, chief business officer da Dock, startup de tecnologia para serviços de finanças, “o obstáculo da comunicação de um banking as a service é o fato de o produto oferecido ser uma tecnologia, não um produto físico, o que já é mais complexo. Além disso, há a necessidade de empresas de BaaS mostrarem o valor de seus negócios para públicos diferentes, como CEOs, gerentes de produtos e desenvolvedores”. A profissional sinaliza que é importante entender como se comunicar com cada público, de modo capaz de garantir que a proposta de valor esteja aderente a cada uma das audiências. Com exclusividade ao Meio & Mensagem, Camila ainda explora como as áreas de business intelligence (BI) e de produtos se complementam.
Meio & Mensagem – De qual forma as estratégias de marketing de um banking as a service precisam ser diferentes de as de outros segmentos?
Camila Simão – O obstáculo da comunicação de um banking as a service é o fato de o produto oferecido ser uma tecnologia, não um produto físico, o que já é mais complexo. Além disso, há a necessidade de empresas de BaaS mostrarem o valor de seus negócios para públicos diferentes, como CEOs, gerentes de produtos e desenvolvedores. Nesse sentido, é essencial entender como se comunicar com cada público, traduzindo assuntos complexos, de maneira palatável, para garantir que a proposta de valor esteja aderente a cada uma das audiências.
M&M – Quais são os desafios inerentes do setor financeiro na construção de relacionamento entre marca e consumidores?
Camila – De modo geral, o desafio do setor financeiro tradicional é mostrar robustez, qualidade e diferenciais de produtos, sem esquecer de brigar por tarifas menores de serviços. Para uma empresa de banking as a service white label, como é a Dock, o desafio é vender produtos que façam sentido dentro da operação de cada cliente, usando nossas funcionalidades para servir o máximo de clientes possíveis dentro de um determinado ecossistema.
M&M – Como as áreas de business intelligence e de produtos se complementam?
Camila – Uma profissional dedicada à business intelligence é responsável por coletar e analisar insumos, ideias e tendências de diferentes fontes, enquanto o time de product absorve essas análises para construir e evoluir o portfólio de produtos e serviços de uma empresa. Esses dois personagens atuam juntos e são imprescindíveis para que um negócio eleve o nível de assertividade de suas entregas e construa experiências fluidas e positivas para seus clientes. A pessoa responsável por business intelligence funciona como um farol, que apoia o time de produtos em seu trabalho de fim a fim.
M&M – Como essas áreas agregam o marketing digital?
Camila – O trabalho de business intelligence e products usa o marketing digital para lançar produtos e funcionalidades novas, assim como posicionar a empresa e suas soluções, de forma mais precisa. A área de BI ajuda o marketing a entregar a mensagem certa às pessoas certas, no momento certo, e a colher insumos relacionados ao modo como o mercado aceita essas abordagens. Ao mesmo tempo, o marketing digital é a ferramenta que serve business intelligence e products, no sentido de ajudar o produto a chegar ao cliente e atingir objetivos, que podem passar pelo crescimento da base de usuários ao aumento de faturamento, entre outros.
M&M – Qual é o papel das startups de tecnologia atrelada ao marketing na concepção de produtos?
Camila – Uma vez que os desafios e estratégias estão definidos, as startups podem ser fortes aliadas das grandes organizações, já que são capazes de acelerar o time-to-market, seja pela tecnologia que proveem, pela cultura de pensar rápido e errar rápido ou por suprir competências inexistentes na organização.
*Crédito da foto no topo: Hh5800/iStock
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