Opinião
A disputa por talentos na tecnologia é global
Estima-se que até 2024 serão necessários 420 mil profissionais na área, à medida que, hoje, formamos 46 mil pessoas por ano, segundo a Brasscom
A disputa por talentos na tecnologia é global
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BuscarEstima-se que até 2024 serão necessários 420 mil profissionais na área, à medida que, hoje, formamos 46 mil pessoas por ano, segundo a Brasscom
15 de julho de 2022 - 6h00
O mundo anda a passos cada vez mais largos em direção a uma grande revolução digital, tornando ainda mais crítico o desafio de atrair e reter talentos em tecnologia. A carência de pessoas para compor esse mercado em expansão é notória. Estima-se que até 2024 serão necessários 420 mil profissionais na área, à medida que, hoje, formamos 46 mil pessoas por ano, segundo a Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).
Junto a essa questão, a real possibilidade de trabalhar de casa, escala este problema de forma global, isso porque hoje você pode atrair um talento para a sua empresa e amanhã ele pode estar trabalhando para outra, em qualquer lugar do mundo, de forma remota. Com essa transformação, muitas empresas compreenderam que promover uma estratégia de atração de talentos sem fronteiras pode abrir um grande leque de oportunidades de expansão, onde o ambiente virtual permeia como peça fundamental neste novo cenário híbrido de trabalho.
Além disso, se por um lado temos a contratação de pessoas ultrapassando fronteiras, por outro, as organizações também necessitam de uma estratégia de retenção global, que vai muito além de prover um ambiente híbrido de trabalho. Engajar, reter e formar, são palavras-chave. Inclusive, é possível observar que grande parcela das empresas estão criando seus próprios movimentos nessa direção. Algumas até se auto intitulam empresa-escola, incentivando a academia de formação em tecnologia que acontece através de cursos em universidades e instituições relevantes, em seus sites próprios e em estruturas globais de aprendizagem.
Olhar para dentro e estruturar o pilar de pessoas de forma a estimular a colaboração, inclusão, diversidade e pertencimento, também se torna mais do que necessário, pois é preciso fazer com que as pessoas se sintam relevantes no todo. Esse sentimento de construir algo junto, faz com que os talentos sejam ainda mais cativados. O ambiente corporativo deixa de ser uma disputa de quem oferece o melhor salário para virar algo pelo qual as pessoas querem fazer parte, por propósito.
Neste cenário, é fundamental que cada um traga a sua essência, suas vivências, cultura e conhecimentos. As empresas que criam esse espaço de diversidade transcendem em resultados e contribuem para a evolução da sociedade de uma maneira mais ampla. Isso é muito importante, tanto para o indivíduo, quanto para a própria empresa, pois novas ideias, soluções e produtos nascem de pessoas diferentes, com ideias distintas. Afinal, o melhor ambiente corporativo é aquele que permite que as suas pessoas sejam quem elas são, constituindo um espaço mais humanizado, mais diverso e inclusivo e, consequentemente, mais inteligente e lucrativo.
Uma liderança inspiradora faz toda a diferença no engajamento do time e na criação deste espaço. Uma liderança próxima, que apoia, demonstra vulnerabilidade, exerce transparência, assume responsabilidades e sobretudo incentiva o pensar e o aprendizado. Muitos talentos buscam mais do que um “chefe”, querem alguém atento às suas necessidades profissionais e até pessoais.
Para enfrentar este cenário, onde o risco de grandes perdas de talentos só aumenta, muito além da definição do modelo de trabalho remoto, presencial ou híbrido, é necessário cada vez mais usarmos a criatividade e a inovação. Neste jogo, construir um ambiente baseado em confiança, incentivando e celebrando o melhor de cada pessoa, permitindo que individualmente elas tenham um papel significativo no todo, é a nossa missão como líderes e se constitui um fator de sobrevivência dos negócios.
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