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Google pode manter Chrome, mas deve abrir dados

Juiz dos Estados Unidos determinou que companhia não precisa se desfazer do navegador, mas deve compartilhar informações sobre seu sistema de busca

i 2 de setembro de 2025 - 18h43

Google Chrome

(Crédito: Shutterstock)

Nesta terça-feira, 2, o juiz federal Amit Mehta, dos Estados Unidos, decidiu que o Google não precisa vender seu navegador, o Chrome, mas que a companhia não poderá mais firmar contratos de exclusividade e que deverá compartilhar dados e informações com navegadores concorrentes.

O Google vem enfrentando uma longa batalha nos tribunais dos Estados Unidos sob duas acusações: monopólio do segmento de buscas e da navegação global de internet, por meio do Chrome.

Em abril deste ano, um juizado do país havia analisado que o Google manteve o monopólio de alguns de seus negócios de adtech, principalmente em duas áreas: servidores de anúncios (adservers) de publishers e trocas de anúncios (adexchange).

A partir dessa decisão, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sugeriu que o Google fosse obrigado a se desfazer do Chrome e de parte de seus negócios de adtech como medida para compensar o monopólio.

Porém, o juiz federal Mehta, agora, descartou esse tipo de decisão e determinou que o Google não precisará vender o navegador Chrome.

“O Google não será obrigado a alienar o Chrome; nem o tribunal incluirá uma alienação contingente do sistema operacional Android na sentença final. Os autores se excederam ao buscar a alienação forçada desses ativos essenciais, que o Google não utilizou para efetuar quaisquer restrições ilegais”, declarou o juiz, na decisão, segundo a imprensa internacional.

Foi determinado, porém, que o Google não poderá firmar contratos de exclusividade para o uso do navegador. Além disso, pela mesma medida judicial, o Google passaria a ser obrigado a compartilhar os dados que utiliza para gerar seu histórico de busca, inclusive com concorrentes.

Anteriormente, já durante o processo, o Google alegou que compartilhar seus dados com concorrentes prejudicaria a privacidade de seus usuários.

De acordo com reportagem da CNBC, o Google afirmou que recorrerá das decisões anunciadas nesta terça-feira, 2.