O que esperar do SXSW: uma perspectiva curiosa
O intuito de ir ao SXSW deve ser “sair da bolha” e prestar atenção nos detalhes
O intuito de ir ao SXSW deve ser “sair da bolha” e prestar atenção nos detalhes
8 de março de 2024 - 19h30
Minha expectativa para o SXSW deste ano é ambiciosa, para não dizer impossível (risos). Como muitos, espero me surpreender com keynotes que tragam novos pontos de vista – o que, a cada ano, torna-se mais difícil, uma vez que tudo o que pensam já está disponível nas mídias sociais em forma de palestras gravadas, podcasts, entrevistas, materiais e aulas.
Partindo desse contexto, concordo com a dica da jornalista Cris Pelajo: “procure temas que não tenham nada a ver com o que você faz! Não fique restrito ‘apenas’ aos assuntos que fazem parte do seu dia a dia. Aventure-se!”. Afinal, sempre tem uma palestra que me surpreende num lugar muito inusitado. No ano passado, foi a do casal Phnam e Mardis Bagley, sócios da Nonfiction, hoje trabalhando com a NASA e a CSA.
Outro tema que pretendo explorar e tem me chamado atenção é a infraestrutura humanística, que fala como a Inteligência Artificial nos liberta de trabalhos braçais e emocionalmente “rasos” que gastam nosso tempo. Assim, podemos experimentar um outro nível de inteligência. Basicamente, a IA permitindo que desenvolvamos inteligência criativa e racional.
Além disso, quero separar tempo para explorar – e viver – a realidade estendida (próximo passo da realidade aumentada e virtual). Aliás, vale comentar que estará no evento Li-Chen Miller, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Apple, que acaba de lançar o Vision Pro.
Quem também já confirmou participação no evento são os atores Ryan Gosling e Jake Gyllenhaal. Por aqui, estou curiosa para entender como eles irão mostrar seu lado empreendedor. No ano passado, vale lembrar, Robert Downey Jr. subiu ao palco para contar o motivo pelo qual decidiu investir em uma empresa que combate crimes virtuais.
Mulheres brasileiras ligadas à agenda ESG participarão do painel “Bioeconomia: Prosperando na Floresta Amazônica”. Um assunto urgente nos dias de hoje. Entre os nomes, estão Txai Suruí, fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, e Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade da Natura para América Latina.
E, neste ano, onde a delegação brasileira continuará sendo a segunda maior do festival (atrás apenas da estadunidense), confesso que estou novamente impressionada com empresas como a Boost, que se especializaram em levar grupos de empresários para tirar o melhor e maior proveito de eventos como o SXSW. Empresas que, mais do que organizar e orientar o conteúdo de um evento como esse, oferecem uma experiencia imersiva e colaborativa para além de Austin. Qual o tamanho desse mercado?
Já no Instagram, estou seguindo alguns dos perfis que me ajudam a descobrir e curtir Austin na sua maior potência, como @festival_saviors, @365thingsaustin, @atsconcert, @do512, @crocas e @thefreenoms.
Por fim, vencido o desafio de organizar a mala, que vai suportar entre 5 ºC a 30 ºC, fica a certeza de que será uma viagem enriquecedora e cheia de boas aventuras.
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