Consumo de refrigerantes no Brasil cai e China assume 3° lugar
Busca por opções mais saudáveis e crise econômica estão entre variáveis apresentadas por pesquisa da Euromonitor
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Taís Farias
28 de fevereiro de 2019 - 6h06
A Euromonitor Internacional, empresa de pesquisa de mercado, apresentou dados sobre o consumo de bebidas não alcoólicas em 2018. Segundo o relatório, o Brasil perdeu sua posição como terceiro maior consumidor de refrigerantes para a China. O resultado acompanha o ritmo de queda no consumo de carbonatados no País.
Em 2018, o volume total de consumo sofreu uma queda de 2,6% em relação ao ano anterior. O contrário aconteceu com a China, que cresceu 2% no mesmo período. Apesar disso, o Brasil continua na frente em consumo per capita. Ao todo, os brasileiros ingerem cerca de 14 latas por mês, enquanto os chineses consomem duas.
Apesar das quedas no volume de vendas dos refrigerantes, a bebida continua sendo a mais importante entre as não alcoólicas. A pesquisa apontou que a cada sete litros de refrigerantes vendidos, apenas um de suco pronto é consumido por cada brasileiro em um ano.
Para a gerente de pesquisa da Euromonitor, Spring Liu, um dos fatores responsáveis por esse processo é o investimento em marketing e embalagens pensados, especialmente, para o mercado chinês. Além disso, as inovações nos sabores são recebidas com entusiasmo pelo público jovem do País. Embora as marcas de refrigerantes tenham apostado em versões com menos calorias e açúcares, esses produtos receberam atenção limitada do público que valoriza o sabor ou opta por versões mais saudáveis, destacou a gerente.
Marcas de bebidas buscam a boa forma
Em dezembro de 2018, a Coca-Cola mudou sua identidade visual para desassociar sua imagem da marca de refrigerantes e se apresentar como uma empresa global com variadas opções para o público.
Mesmo com a demanda crescente por produtos benéficos a saúde, a analista sênior de bebidas da Euromonitor International, Angelica Salado, aposta em uma retomada no crescimento dos refrigerantes para 2020. “ Embora o mercado previsse o início da recuperação para 2018/2019, esse cenário foi prejudicado pela inesperada greve dos caminhoneiros, que levou a uma contração da produção da indústria naquele mês. O mal resultado em 2018 atrasou em pelo menos um ano a recuperação econômica projetada e, consequentemente, as vendas de carbonatos, que agora estão previstas para 2020. ”, afirmou a analista.Compartilhe
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