Joga pra torcida
A cultura esportiva que sustenta sonhos

(Crédito: Shutterstock)
Esse texto é sobre a força da nossa primeira torcida.
Assim como “a fé que não costuma falhar”, cantada por Gilberto Gil, jogar pra torcida também é — e sempre será — uma ótima pedida.
Pense em quantos atletas tiveram o apoio de marcas, clubes e investidores desde o início. Raríssimos. Mas, nas biografias, sempre encontramos quem realmente segurou a onda quando tudo ainda era um sonho distante: família, amigos, afetos sinceros e leais. A verdadeira torcida.
Pode reparar. Eu, como amante de biografias, sempre percebo essa marca registrada: a base. A avó do Adriano Imperador, fundamental no apoio incondicional, levando o menino aos treinos sem recursos, mas com muito amor e fé num futuro próspero. A mãe do Michael Jordan, negociando o contrato com a Nike e batendo de frente com gigantes para que o filho fosse reconhecido do jeito certo. Rayssa Leal, moldada desde pequena pelo suporte constante da família. Rebeca Andrade, cuja trajetória mostra um treinador que além do suporte profissional também ocupou um lugar paternal, provando que talento se constrói em conjunto.
As histórias mudam, mas o enredo é sempre o mesmo: ninguém chega lá sozinho.
Por isso, quando tudo parecer difícil, volte pro começo. Lembre da base. E joga pra torcida.
Essa reflexão nasceu de uma fala da Samantha Almeida, diretora de marketing da TV Globo, que vez ou outra trouxe essa frase em suas postagens e pra mim fez todo sentido. Além de inspiradora, é cura: joga pra torcida.
E talvez essa seja a lição que a gente não pode esquecer nem depois das conquistas: jogue para a sua torcida. A que está com você nos melhores e piores dias, sem holofote, sem contrato, sem contrapartida.
Este texto nasce do esporte e do meu mergulho profundo nesse território que é, ao mesmo tempo, cultura, emoção, comunidade e impacto positivo. Do treino ao sofá da sala, da rua ao estádio, da corrida matinal à explosão de uma Copa do Mundo.
Esporte é lifestyle.
É sneaker culture, é camisa de várzea, é álbum de figurinhas, é comunidade gamer, é educativo-esportivo, é evento, é experiência, é brand love.
É papo de domingo no bar, é samba com nome de torcida, é música, corte de cabelo, tatuagem, rua pintada de verde e amarelo.
É o jeito que a gente encontra de deixar a vida mais leve quando o mundo pesa.
E jogar pra torcida aqui não é sobre a organizada.
É sobre quem realmente torce por você.
É sobre quem torce por um mundo mais justo, mais humano, mais igualitário.
É sobre quem torce para que, em 2026, o esporte continue sendo esse gole de esperança coletiva.
É sobre o futebol feminino aos sábados na Globo, uma ação inédita que abre caminho para a Copa Feminina de 2027 no Brasil.
É sobre Copa do Mundo masculina, Fórmula 1, e tantas outras modalidades que ganham espaço e inspiram gente comum a movimentar o corpo, a mente e a vida.
Joga pra torcida. Joga pros seus.
Porque, quando você faz isso, eles te sustentam, te puxam pra frente, te lembram de cuidar de você — com carinho, generosidade, fair play.
Que 2026 seja um ano em que você seja justo consigo, celebre suas conquistas e respeite seus limites.
E que também jogue junto, com a sua torcida.
2026 promete.
E pra seguir alimentando essa conversa, que é esporte, é cultura e é marca com propósito real, nasce aqui o Joga Pra Torcida: uma série mensal de artigos sobre cultura esportiva, branding e impacto positivo.
Porque esse é o território que eu estudo, vivo, admiro e quero ocupar cada vez mais.
Afinal, é aqui que a paixão se encontra com propósito.
E é aqui que eu quero continuar jogando.