Mulheres ocupam 16% dos cargos de administração no Brasil
Novo levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) aponta ainda que apenas 31% das lideranças das empresas são mulheres
Mulheres ocupam 16% dos cargos de administração no Brasil
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Meio & Mensagem
23 de maio de 2024 - 11h33
(Crédito: Adobe Stock)
Segundo novo levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as mulheres chegaram a 16% dos profissionais nos órgãos de administração do Brasil (conselhos de administração, fiscais e nas diretorias) das companhias de capital aberto em 2024. A primeira edição da pesquisa “Análise da Diversidade de Gênero e Raça de Administradores e Empregados das Empresas de Capital Aberto” indica um crescimento do percentual feminino, o que é um avanço, principalmente se comparamos com 2021, quando eram apenas 13%.
Ainda assim, o progresso é lento, como evidencia o estudo. Das 394 empresas analisadas, 83% têm alguma mulher atuando na administração. Contudo, dos 6.323 cargos avaliados na área, apenas 15,8% são ocupados por elas. Além disso, 67% das companhias têm mulheres no conselho de administração e somente 42% na diretoria. Elas ocupam, em média, 23% dos assentos em conselhos de administração que têm ao menos uma conselheira.
Com relação à diversidade de gênero dos mais de 3 milhões de empregados das companhias contempladas na pesquisa, há maior representatividade feminina do que nos conselhos e diretorias, embora ainda haja necessidade de avanço: são 38% profissionais do gênero feminino, enquanto 53% são homens.
Outro ponto de atenção está na equidade de gênero entre as lideranças das companhias avaliadas: 50% são homens, 31% são mulheres e 0,04% não binários.
A diversidade de raça também é pouco notada nos órgãos de administração. 81% dos cargos em conselhos e diretorias são ocupados por pessoas brancas. Em seguida estão os pardos, com apenas 3%. Administradores pretos e indígenas não atingem 1% da amostra.
Os empregados também acompanham a tendência: entre os avaliados, 38,9% são brancos e a maioria desses profissionais (56%) ocupam cargos de liderança, seguidos pelos profissionais pardos (22%), que representam 30% dos colaboradores. Pessoas pretas ocupam 9% das companhias de maneira geral, seguidos pelos amarelos e indígenas, com apenas 1% e 0,4%, respectivamente.
“Tais resultados evidenciam a necessidade de reflexão, por parte das empresas e demais agentes do mercado, sobre desenvolvimento de diversidade de gênero e raça. Especialmente para órgãos da administração, onde a diversidade é menor”, avalia o estudo.
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