Expectativas para o Brasil em Cannes

16 de junho de 2025 - 12h08

Afinal, o Brasil foi escolhido como o primeiro Creative Country of the Year, um reconhecimento global inédito que destaca o protagonismo do nosso país no maior festival de criatividade do mundo.

Mais do que a impressionante marca de mais de 1.900 Leões conquistados, incluindo 20 Grand Prix, essa homenagem reconhece a potência criativa, a diversidade e o impacto social, cultural e econômico que geramos na publicidade mundial.

Um prêmio ao talento, à ousadia e à consistência de um mercado que sempre soube transformar desafios em inovação com criatividade!

Ser Creative Country of the Year por si só já potencializa nossa exposição no evento. E a expectativa é de ver brasileiros por toda parte! Não só como jurados (são 30 brasileiros este ano), mas como palestrantes, andando pelas ruas, na plateia, ou seja, brasileiros em peso mostrando o potencial criativo do Brasil dentro e fora dos palcos!

Para nós, brasileiros, é quase intuitivo associar nossa criatividade à diversidade do nosso povo. A pluralidade de ideias é uma das grandes forças por trás da nossa capacidade criativa. E os números de Cannes confirmam isso. Estamos constantemente entre os quatro países com melhor desempenho no festival nos últimos anos.

Em 2024 foram 92 Leões (ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Reino Unido), o mesmo número de Leões conquistados em 2023. Em 2022, em plena retomada pós-pandemia, voltamos pra casa com 70 Leões. Em 2025?

Mas os prêmios, embora importantes, não são os únicos termômetros da nossa capacidade criativa. Por isso, entre as minhas maiores expectativas para este ano está ver mais cases brasileiros reconhecidos nas categorias que valorizam a estratégia e a efetividade, como Creative Strategy e Creative Efectiveness.

Impacto atrelado aos resultados de negócio

Cada vez mais, Cannes reconhece ideias que geram transformação de verdade, seja inaugurando novos modelos de negócio, promovendo inclusão por meio da tecnologia ou fortalecendo vínculos com comunidades. Espero ver marcas globais se aproximando das pessoas de forma mais humanizada e respeitando as preferências locais.

Marcas indo ainda mais além, explorando o conceito de experiência e adotando iniciativas para reduzir o impacto ambiental, como por exemplo o uso de embalagens renováveis, dentro de sua estratégia de negócios indicando seu “Return on Futures – ROF”.

Outro movimento que observo é o crescimento de agências independentes, que começam a se posicionar com mais força e vêm conquistando espaço e relevância no festival. E, claro, a inteligência artificial ainda deve dominar alguns debates. A tecnologia já está transformando os negócios das agências e empresas de comunicação. Um movimento que não tem volta.

Estou muito animada para viver mais essa edição de Cannes! Quero ver como Cannes este ano vai imaginar os cenários futuros da comunicação. Nos vemos por lá, ou por aqui!