O que Cannes ensina sobre criar com verdade?
Cannes ainda importa, mas além dos holofotes e dos Leões, reforça que o trabalho com propósito é o maior prêmio
O que Cannes ensina sobre criar com verdade?
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18 de junho de 2025 - 11h41
Estar em Cannes, no maior festival de criatividade do mundo, é realmente algo que faz os nossos olhos brilharem.
É nessa época que a indústria se veste de branco, tira o pó dos tênis caros, treina o pitch em frente ao espelho e atravessa o oceano para caçar Leões como se fosse um safári criativo. É tudo muito bonito de se ver.
E sabe por quê? Porque Cannes ainda importa. Importa pra quem cria, pra quem aposta, pra quem precisa provar (mais uma vez) que uma ideia pode mudar alguma coisa. Seja o mundo ou só um slide de apresentação, criar vale a pena.
E é essa grandiosidade que faz a gente, muitas vezes, esquecer que nem toda ideia precisa ser premiada, que nem toda peça precisa salvar a humanidade, e que nem toda marca quer ser lembrada como agente de transformação interplanetária. Às vezes, o job era só um banner, um post, um copy. E tá tudo bem.
Em meio à corrida por reconhecimento, o que conta pra valer são os trabalhos com propósito. Aquela criatividade que a gente sente, que se revela genuína.
Há quem se dedique a um trabalho tão autêntico que dispensa holofotes de qualquer festival. E é essa a autenticidade que faz o barulho que realmente importa.
No fim, aqui a gente descobre que dá pra brincar sem desrespeitar, provocar sem esnobar, ironizar sem cuspir no prato. Nessas andanças por Cannes, no sol, no corre, nos jantares e nos cases, a gente sempre precisa lembrar: por trás de todo palco tem gente, tem emoção, tem paixão pelo que se faz.
Cannes segue sim sendo importante, afinal, é uma inspiração que pulsa em cada profissional criativo. Mas talvez o maior prêmio não seja um Leão, e sim conseguir voltar com os pés no chão e sem tanto ego na mala.
Que a gente curta Cannes do jeito certo: celebrando cada troca, cada insight e aproveitando todas as rodas de conversas que surgem aqui. E que nosso barulho, no fim das contas, seja feito apenas pelo que realmente vale a pena.
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