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Grand Prix da Africa usa IA para fazer inventário da floresta amazônica

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16 a 20 de junho de 2025 | Cannes França
Cannes

Grand Prix da Africa usa IA para fazer inventário da floresta amazônica

No primeiro GP brasileiro da história na categoria Sustainable Developlment Goals, Natura mapeou, via drones, uma área equivalente a 100 mil campos de futebol

Meio & Mensagem
20 de junho de 2025 - 16h37

Grand Prix Amazonia

Por meio de drones e tecnologia de projeção e inteligência artificial, Natura mapeou extensão territorial da floresta amazônica (Crédito: Reprodução)

Durante seis meses, a Natura, com apoio da startup Bioverse, mergulhou na região da Amazônia para um estudo até então inédito. Por meio de drones, a proposta era coletar dados de 60 mil hectares de floresta, uma área equivalente a aproximadamente 100 mil campos de futebol.

Além do apoio de 70 famílias da região, que vivem nas comunidades dos municípios de Abaetetuba e Iritua, no Pará, a produção do case contou com uma sofisticada tecnologia de inteligência artificial para conseguir realizar, em seis meses, um inventário que, se fosse feito pelos métodos de captação de imagens convencionais, levaria mais de duas décadas.

Chamado de “The Amazon Greenventory”, o case, criado pela Africa, recebeu nesta sexta-feira, 20, o Grand Prix de Sustainable Developlment Goals, categoria criada para celebrar as ideias criativas que sejam ancoradas na promoção da sustentabilidade.

Foi a primeira vez que o Brasil recebeu o reconhecimento máximo nessa categoria, que passou a fazer parte do Cannes Lions em 2018.

Por meio desse trabalho de mapeamento aéreo da região da Amazônia, a Natura tinha como premissa expandir as cadeias produtivas da marca no território, coletar dados relevantes para projetos de conservação e recuperação florestal, como a mensuração de estoques de carbono e a saúde das espécies, além de avaliar o potencial produtivo e econômico da floresta conservada.

O desenvolvimento dessa plataforma de aerolevantamento foi realizado com a Xmobots e também contou com o apoio do Governo Federal por meio do Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Algumas pessoas que participaram do projeto foram contratadas e receberam treinamentos para instalar e operar os equipamentos de sensoriamento remoto, assim como para o uso de softwares.

Na visão de Tatiana Ponce, chief marketing officer (CMO) da Natura, esse reconhecimento por parte do Cannes Lions traduz a forma como a empresa investe nas cadeias produtivas da região amazônica. O anunciante e a Africa já haviam conquistado, por esse mesmo trabalho, um Leão de Prata na categoria Creative Data. Veja o case abaixo:

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