Comunicação
Burson toma medidas pós-crise
Agência de RP exige que funcionários apliquem código de ética e lançará ação para posicionar marca
Agência de RP exige que funcionários apliquem código de ética e lançará ação para posicionar marca
Felipe Turlao
24 de maio de 2011 - 3h41
Há duas semanas, eclodiu o caso da divulgação de informações negativas ao Google, em um trabalho encomendado pelo Facebook, e cuja revelação por jornalistas e blogueiros trouxe danos à imagem da Burson-Marsteller, contratada para fazer o trabalho.
Diante da crise de imagem, a empresa, terceira maior do setor de Relações Públicas no mundo, atrás de Edelman e Fleishman-Hillard, segundo o DataCenter do Advertising Age, já prepara seu plano para estancar o ferimento.
O primeiro passo é fazer com que todo funcionário leia e assine um documento mostrando que entende a aplicação do código de ética – inclusive com um sistema eletrônico para capturar as assinaturas.
Isso ocorre porque, no caso do serviço para o Facebook, os dois funcionários envolvidos diretamente, Jim Goldman e John Mercurio, teriam errado ao aceitar este tipo de contrato, em que o nome do cliente não pode ser citado. Algo que vai contra o código.
“Foi uma violação de nossa política interna, que requer que atuemos com transparência quando contatando mídia ou outros em função de um cliente. Essa regra não foi observada e nas condições em que foi planteada, a empresa não deveria ter aceitado o projeto”, afirma Ramiro Prudencio, presidente da Burson na América Latina.
“Se o nosso código de ética tivesse sido aplicado, isso não teria acontecido. Não quero minimizar a importância do evento, mas a solução passa por seguirmos esse código”, completa.
O segundo passo da empresa é contatar clientes e imprensa, seja por carta, telefone ou reuniões, para esclarecer a situação. Além de reconhecer o erro em relação à atitude dos funcionários, o executivo precisou explicar o porquê de muitas mensagens contrárias à empresa terem sido apagadas do Facebook oficial da Burson. “Algumas passaram dos limites, com palavras de baixo calão. Mas outras mensagens foram retiradas erroneamente”, reconhece.
E o terceiro passo, mais adiante, é “um programa para posicionar a empresa no mercado”, como afirma Prudencio, sem revelar mais detalhes.
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