Campanha da Benetton segue repercutindo
Depois do Vaticano, Casa Branca e governo chinês protestam contra ação que foi acusada até de plágio
Depois do Vaticano, Casa Branca e governo chinês protestam contra ação que foi acusada até de plágio
Nathalie Ursini
18 de novembro de 2011 - 7h15
Ao longo desta sexta-feira, 18, surgiram diversas outras manifestações contrárias à campanha da Benetton, “Unhate”. O governo chinês, por exemplo, “excluiu” a imagem em que aparecem os presidentes da China, Hu Jintao, e dos EUA, Barack Obama, do Baidu, buscador mais utilizado no país. Ao fazer a pesquisa com palavras-chaves como “beijo” “Obama” e “Hu Jintao”, aparece o aviso de que alguns conteúdos não podem ser exibidos por motivos legais.
Ainda na China, todos os comentário e menções à campanha foram apagados das redes sociais. Os veículos de comunicação mais representativos do país, como a agência Xinhua, o jornal China Daily e o diário nacionalista Global Times não informaram nada sobre os anúncios da empresa italiana.
Fontes da Administração Estatal de Cinema, Rádio e Televisão, uma das responsáveis pela censura na mídia chinesa, se recusaram a falar sobre o caso quando indagadas. Mas comentaram que é proibido qualquer tipo de anúncio que passe “uma imagem negativa” dentro do território chinês.
A Casa Branca também manifestou-se contra a campanha. Em um comunicado oficial, o porta-voz Eric Schultz declarou: “Historicamente, a política da Casa Branca é de reprovar o uso do nome e imagem do presidente por razões comerciais”.
Questão de plágio?
Outra polêmica do dia foi o comunicado que a agência chilena La Firma divulgou no mercado. Segundo informações dela, a Benetton teria plagiado a ideia de fazer um beijo-montagem com duas personagens públicas antagônicas.
A agência diz que criou uma campanha, em 2006, para a marca de adoçante Sugafor. A peça exibia imagem do ex-presidente George W. Bush e de Hugo Chávez. O beijo, porém, era na bochecha. "O que nos chama a atenção é que são muito similares e, por isso, estamos estudando algumas ações legais", declarou Francisco Guarello, diretor da agência.
Na época em que foi lançada, a campanha também gerou polêmica, fazendo com que a embaixada venezuelana apresentasse uma reclamação oficial à agência. Também com repercussão internacional, a campanha levava o slogan “Logramos lo impossible – Reinventamos el azúcar”, em português, “Conseguimos o impossível – Reinventamos o açúcar”. A peça acabou sendo eleita pelo jornal francês Le Monde como uma das melhores fotos políticas do ano.
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