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Comunicação

Christina Carvalho Pinto lança consultoria Hollun

Após desativar a Full Jazz, executiva inicia nova empreitada que pretende conectar cultura, marketing e branding


8 de junho de 2020 - 14h08

Christina: “Covid-19 nos dá a oportunidade de acabar com o baile de máscaras”

Uma das primeiras mulheres a liderar grandes agências no mercado brasileiro, Christina Carvalho Pinto entra em uma nova fase na sua carreira. Após 23 anos de mercado, sua agência Full Jazz foi desativada, não renovando contratos com os clientes que vinham sendo atendidos até o ano passado, como Natura, Serasa Experian e Queensberry. “Fiz a opção de repensar: será que é só propaganda que quero fazer? Se quero um modelo novo, não adianta viver só na ponta, tenho que trabalhar o fio da meada todo”, explica Christina, que escreveu em sua página no LinkedIn que o conceito clássico de agência de propaganda é um “mastodonte extinto”.

Após esses questionamentos, Christina se lança agora no mercado de consultoria ao lado de dois sócios: Sérgio Domanico, que até o ano passado foi vice-presidente de marketing e trade marketing dos canais Fox e tem passagens anteriores por Danone, Mondelez, HP, Warner, Universal, Bombril e Faber-Castell; e o consultor e professor da FGV Paulo Monteiro, coautor do livro A Reinvenção da Empresa: Projeto Ômega.

“Há consultorias especializadas em branding e outras, em cultura organizacional. Mas, para nós, não há como separar cultura e branding. Há um elo indissociável entre cultura e marca”, frisa Christina, explicando que o nome da nova empresa, Hollun, vem do grego holos, que significa totalidade. Segundo ela, a Hollun pode ser contratada em seus três focos ou para uma só especialidade, mas, mesmo na contratação de uma área específica, os três sócios se envolverão.

Após apresentá-la ao mercado, o trio pretende prospectar empresas de médio porte e empresas familiares com dificuldades para fazer transição da voz do fundador para os executivos. “Nosso foco são empresas que de fato estão acordando ou já despertaram para o fato de que o velho modelo não vai funcionar mais. Tem empresa por aí esperando a quarentena acabar para voltar ao velho modelo. Mas não viemos para consertar, mas sim para trazer o novo e ajudar nas tomadas de decisões, num momento em que não se permite mais que as empresas digam uma coisa e façam outra”, diz, sustentando que o caminho só é possível com sinceridade, verdade e inovação.

“Os fantasmas do passado são fortes, mas se não iniciarem um movimento para a era da verdade, não vão conseguir”, prevê, acrescentando que, para ela, a culpa da crise atual não é do vírus e o “velho modelo” já vem sendo chacoalhado há tempos pelo crescimento das redes sociais: “Um único indivíduo consegue colocar em cheque a reputação da uma empresa inteira. As redes derrubaram os muros que separavam o mundo interno das empresas, sua cultura, do mundo externo, representado pela marca. E a Covid-19 nos dá a oportunidade de acabar com o baile de máscaras”.

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