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Instituto Criar celebra dez anos

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Comunicação

Instituto Criar celebra dez anos

Para marcar a data organização lança longa-metragem Na Quebrada, com histórias reais de alguns alunos


14 de outubro de 2014 - 10h09

Na ocasião de concepção e lançamento do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias, há dez anos, Luciano Huck­ reuniu parceiros e amigos e realizou um leilão de “coisas que as pessoas não poderiam mensurar o valor”. A renda do evento somada ao patrocínio da Volkswagen como mantenedora foram a pedra fundamental para o nascimento da organização não governamental que forma profissionais para a área de produção. Agora o Criar dá um novo passo, adotando novo modelo de captação de investimentos, com um produto oferecido pelo próprio instituto: a história dos alunos que ajudou a formar, por meio do longa-metragem Na Quebrada, que celebra a primeira década da ONG.

O projeto começou com um curta-metragem que Fernando Grostein Andrade, sócio e diretor de cena da Spray Filmes e irmão de Huck, apresentou em 2012 para um concurso da Revista Colors, da Benetton. Para atender ao tema “tiros”, o diretor buscou uma história real. Por meio do banco de dados da instituição, escolheu fazer um filme sobre a vida de Paulo Eduardo, aluno da primeira turma do Criar em 2004 e que, aos 15 anos, levou um tiro no peito dentro de um bar na comunidade em que vivia. A lição que Paulo tirou desse episódio e a maneira como seguiu em frente serviram de insumo para o roteiro do filme. A obra recebeu o nome de Cine Rincão e, em meio aos 15 mil inscritos, ficou entre os dez selecionados e foi exibido no Festival de Veneza.

Paralelamente, Luciano Huck buscava realizar algo para celebrar a primeira década da organização e pediu ao irmão que fizesse um documentário com histórias de alunos. Ele topou, mas estava cansado de fazer documentários, já que nos últimos anos lançou duas obras do tipo: Quebrando Tabu e Coração Vagabundo. Foi então que Fernando Grostein Andrade decidiu fazer um longa-metragem de ficção.

Assim nasceu o Na Quebrada, que não só celebra os dez anos do instituto como também servirá de gerador de receitas para a organização, já que a renda nas bilheterias retornará para o Criar. “Diferentemente do leilão, dessa vez estamos oferecendo algo nosso para os próximos dez anos. Dez anos depois, vamos inaugurar um novo jeito de captar recursos, mostrando que nos tornamos profissionais”, frisa Huck.

Para o apresentador e idealizador do projeto, o terceiro setor tem um papel transformador, mas é apenas o início de um ciclo na vida das pessoas. A organização foi criada com o propósito de ser uma ferramenta a mais para a indústria audiovisual. Segundo Huck, a parte educacional do Criar foi inspirada em sua mãe, que faz parte do corpo docente da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (FAU). “Foi por meio dela que tivemos toda essa noção de como montar um plano educacional e ter um corpo docente preparado, como uma escola mesmo”, salienta.

O resultado é que mais de 1,5 mil jovens já passaram pelo instituto. Todos os anos, 150 alunos ingressam e são formadas novas turmas em cursos como animação, áudio, maquiagem, câmera, cenografia, computação gráfica, edição, figurino, iluminação e produção, além das oficinas técnicas, como criatividade e expressão, ação social, e trabalho e projeto de Vida. Atualmente, os parceiros mantenedores da instituição são Volkswagen, Coca-Cola e Itaú.

Localizado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, o local que abriga a ONG conta com três mil metros quadrados de instalações equipadas como uma produtora profissional, mas utilizada para o ensino.

Além do filme, outra ação realizada pela organização para celebrar os dez anos, é uma pesquisa de impacto socioeconômico feita com os alunos e baseada em suas­ carreiras, dois anos após a formatura. Cerca de 52% deles deram continuidade aos estudos e cursaram ou estão cursando o ensino superior.

Um dado interessante é de que 89% estão trabalhando, 52% na área audiovisual, desses 44% atuam em produtoras e 16% em emissoras de TV. O ganho mensal de 11% dos que trabalham já supera cinco salários mínimos. O Instituto Criar faz processos seletivos anuais e, para isso, recebe ajuda e indicações de algumas ONGs cadastradas e ainda escolas públicas.  

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Realidade e ficção

Na Quebrada estreia nesta quinta-feira, 16, em mais de 200 salas de cinema de todo o Brasil. No roteiro estão histórias de cinco personagens principais que se cruzam. Em comum, todos passam pelo Instituto Criar.

A íntegra da reportagem está na edição 1631, de 13 de outubro de 2014, ou na versão tablet de Meio & Mensagem. Para acessar, baixe o aplicativo nos sistemas iOS e Android.
 
Veja o trailer oficial do filme:

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