Peppr contesta reportagem da Época
Matéria da revista indica que dona da agência possui uma conta na Suíça para receber quantias da Queiroz Galvão
A revista Época desta semana traz uma reportagem acusando a agência Peppr Interativa, da publicitária Danielle Fonteles, de possuir uma conta na Suíça para receber quantias da construtora Queiroz Galvão.
Segundo a matéria, a agência “criou, em nome de laranjas, a Gilos, uma offshore no Panamá”. Tanto Danielle quanto sua agência estão sendo investigados na Operação Lava Jato e Acrônimo.
A revista afirma que a offshore Gilos Serviços recebeu US$ 237 mil da Queiroz Galvão para fazer marketing digital em Angola, mesmo que no contrato não cite esses serviços. No país africano, a Queiroz Galvão começou a operar após um financiamento do BNDES, em março de 2012, no valor de US$ 55 milhões. Na época, Fernando Pimentel, atual governador de Minas Gerais, era ministro do Desenvolvimento e presidente do Conselho de Administração do BNDES.
Outra acusação é de que a Peppr recebeu R$ 520 mil do BNDES por serviços de publicidade e repassou R$ 236 mil a Carolina Oliveira, esposa de Pimentel. Segundo a reportagem, a agência pagou duas faturas do cartão de crédito de Carolina, uma no valor de R$ 20 mil e outra de R$ 11 mil. “Como informamos à reportagem, Carolina Oliveira jamais indicou a Peppr para o BNDES ou qualquer outro cliente público, de forma que não recebeu qualquer remuneração pelo contrato,” rebateu a agência.
“Posto que seu interesse era sugerir que tudo não passou de um repasse de recursos, Época poderia ter nos solicitado provas de que o serviço foi realizado ou, valendo-se da legislação de transparência, requerer os dados ao próprio BNDES. O questionário encaminhado pela reportagem não pede o envio de evidência contratual para este trabalho. Ressalte-se que R$ 520 mil reais por dois anos dá, recolhidos os impostos, um rendimento médio mensal de R$ 17.700” conclui a agência.