Táxi comum – serviços especiais
Esta não era só mais uma corrida de táxi
Esta não era só mais uma corrida de táxi
Meio & Mensagem
17 de setembro de 2013 - 9h17
Aconteceu recentemente.
Saindo de uma reunião na WMcCann pedi para a recepcionista chamar um táxi. Um minuto depois:
– Já está vindo, é um Logan branco.
Fui até o toalete e quando saí o táxi já estava na porta.
Dei o endereço e no caminho comecei a acionar o pessoal da produtora pelo celular. O motorista só ouvindo, me olhava de vez em quando com admiração.
Depois de ouvir várias ligações e trocas de ideias, contando como foi a reunião com o W (vocês sabem quem), ele declarou:
– Adoro sua profissão, sempre quis trabalhar em criação de publicidade. Comecei empregado numa agência de turismo. Infelizmente, tive que desisitir. Tenho 35 anos e dois filhos. Optei pelo táxi, mas tenho muitas ideias.
E me contou várias:
– Por exemplo: este carro, o Logan. Já pensou um comercial assim para mostrar como ele é econômico?
O cara dirigindo passa por uma placa: quinto dos infernos.
Mostra o painel do carro: tanque 3/4.
Passa por outra placa: onde Judas perdeu as botas.
Painel: meio tanque.
Passa por outra placa: onde o vento encosta o cisco.
Painel: 1/4 de tanque.
E a placa final: fim do mundo.
Painel: tanque na reserva.
O cara realmente era muito criativo.
Contei pra ele os comerciais que já havia dirigido. O primeiro sutiã…
Muito gentil, fez questão de parar o carro para me cumprimentar.
Em seguida emendou: – Eu sei tudo sobre o Washington. Inclusive como ele começou! Aquela história da coincidência do carro quebrar em frente à agência onde ele, por obra do acaso, foi pedir emprego!
– Sabe de uma coisa? Toda vez que eu passo em frente à agência onde eu apanhei o senhor, agora há pouco, eu fico rezando:
(falava isso com voz chorosa, brincando, dando impulsos com o corpo e tapinha na direção)
– Quebra carro, quebra carro, por favor!
Pedi seu cartão.
Julio Xavier é sócio da BossaNovaFilms e louco por um bom “causo”.
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